O ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, durante a cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), em Caracas, em abril| Foto: EFE/Miguel Gutiérrez
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A ditadura de Cuba condenou cinco manifestantes detidos durante protestos pacíficos contra o governo em Caimanera, na província de Guantánamo, em maio de 2023, a penas de dois a oito anos de prisão.

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O julgamento ocorreu no Tribunal Popular Municipal de Niceto Pérez em 17 de maio, mas a sentença foi publicada apenas no último dia 9. Nesta semana, o site CubaNet teve acesso ao seu conteúdo.

Segundo o site, Daniel Álvarez González e Luis Miguel Alarcón Martínez foram condenados a oito e sete anos de prisão, respectivamente; Freddy Sarquiz González, a cinco anos; Rodolfo Álvarez González, a quatro anos; e Felipe Octavio Correa Martínez, a dois anos. Um dos réus, Yandri Pelier Matos, foi absolvido.

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Eles haviam sido acusados dos crimes de desordem pública, instigação à prática de crime, resistência à autoridade e atentado.

A sentença apontou que os réus “violaram gravemente a ordem pública em detrimento do respeito à comunidade, às autoridades do território e à Polícia Nacional Revolucionária”, e que ao menos dois deles estariam embriagados enquanto gritavam frases como “abaixo o comunismo” e “estão nos matando de fome”.

Victoria Martínez Valdivia, mãe de dois dos réus, afirmou ao CubaNet que os depoimentos contra os acusados, incluindo os de policiais e funcionários do governo, eram mentirosos.

Em comunicado no qual pediu a libertação de pessoas presas por participarem de manifestações por democracia em Cuba, incluindo os protestos de julho de 2021 e os de Caimanera em 2023, a Anistia Internacional apontou que “é claro que o padrão de criminalização pelo simples exercício dos direitos à liberdade de expressão e de reunião pacífica continua inabalável até hoje” na ilha caribenha.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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