Cuba disse nesta segunda-feira que a execução do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein foi um ''disparate político'' e um ``assassinato'', que o país atribuiu ao seu inimigo Estados Unidos.
O Ministério das Relações Exteriores de Cuba reagiu com uma declaração breve sobre a execução de Saddam pela forca na madrugada de sábado.
``É um disparate político, um ato ilegal, num país que foi levado a um conflito interno em que milhões de cidadão se exilaram ou perderam a vida'', disse o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado com data de 31 de dezembro e publicado na segunda-feira para imprensa estatal.
``Cuba ... se vê no dever moral de expor seu ponto de vista sobre o assassinato cometido pela potência ocupante'', acrescentou.
Os meios de comunicação estatais cubanos quando falam sobre Iraque com frequência se referem aos EUA como as ``tropas ocupantes'' e a seus inimigos como a ``resistência''.
A declaração lembra, no entanto, que a pena de morte também existe em Cuba, devido, segundo a chancelaria, ao conflito de quase meio século com os EUA.
O governo cubano disse na declaração que já é hora de os EUA pararem de mandar seus jovens a uma guerra que tirou a vida de 3.000 norte-americanos.