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Ditadura

Cuba critica permanência em lista dos EUA de países que não colaboram contra o terrorismo

País liderado pelo ditador Miguel Diaz-Canel apareceu pelo terceiro ano consecutivo na lista, junto com Síria, Irã, Coreia do Norte e Venezuela (Foto: EFE/Ernesto Mastrascusa)

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O governo de Cuba qualificou nesta terça-feira (23) como “acusações mentirosas” a decisão dos Estados Unidos de manter a ilha em sua lista de países que não colaboram “completamente” na luta contra o terrorismo.

O ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, considerou no Twitter que a permanência de seu país é um “crime abominável que os Estados Unidos praticaram sem escrúpulos e que utilizam com oportunismo como ferramenta de coerção política”.

O Departamento de Estado americano manteve Cuba pelo terceiro ano consecutivo nessa lista, junto com Síria, Irã, Coreia do Norte e Venezuela.

A presença nessa lista impede que Washington possa exportar ou oferecer serviços ou artigos de defesa para essas nações.

Cuba também faz parte da lista elaborada pelos EUA de países que patrocinam o terrorismo e o governo indicou que descarta retirar a ilha, apesar de ter mantido uma reunião com autoridades cubanas em Havana sobre cooperação para enfrentar atividades terroristas.

A inclusão de Cuba na lista de patrocinadores do terrorismo em janeiro de 2021 foi uma das últimas decisões tomadas pelo ex-presidente Donald Trump (2017-2021) antes de deixar o poder.

Os EUA justificaram então a medida, que acarreta várias sanções, aludindo à presença na ilha de membros da guerrilha colombiana do Exército de Libertação Nacional (ELN), que se deslocaram a Havana para iniciar negociações de paz com o Executivo colombiano.

A ilha havia sido retirada da lista em 2015, durante a etapa de reaproximação promovida pelo então presidente dos EUA, Barack Obama (2009-2017), e barrada por Trump, que durante seu mandato redobrou as sanções a Havana.

O atual governo fez alguns gestos para a ilha, como a eliminação do limite de remessas para Cuba, mas ainda está longe da reaproximação promovida por Obama.

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