Havana Cuba criticou ontem, através da imprensa oficial, a pressão dos Estados Unidos pela realização de eleições democráticas na ilha. Havana declarou-se preparada para enfrentar uma eventual ofensiva militar dos Estados Unidos, quatro dias após o afastamento do presidente Fidel Castro, operado por causa de uma hemorragia intestinal.
A secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice, estimulou ontem a comunidade internacional a pressionar por uma transição que abra caminho "rapidamente para eleições multipartidárias" e livres em Cuba. Ela desaconselhou os cubanos a fugir de seu país em direção aos EUA.
Com o irmão de Fidel, Raúl Castro, no comando, as autoridades cubanas tomaram medidas militares, reforçaram o controle e a vigilância nos aeroportos e no litoral, e mobilizaram as brigadas e Comitês de Defesa da Revolução.
O porta-voz da Casa Branca Tony Snow disse que são "absurdos" os temores cubanos de uma invasão. "Isto é absurdo. Os Estados Unidos absolutamente não têm planos de invadir Cuba."
A imprensa local, controlada pelo Estado, publicou artigos e resenhas sobre Raúl Castro, mensagens com votos pela recuperação de Fidel, e informes sobre atos de reafirmação revolucionária. "Aí está Raúl, firme no timão da nação, das Forças Armadas Revolucionárias, que não são mais do que o próprio povo, uniformizado", disse Fidel, em texto publicado pelo jornal oficial Granma.
Em meio à falta de notícias sobre Fidel, a organização Repórteres Sem Fronteira (RSF) e o Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ) pediram que as autoridades cubanas suspendam as "restrições" à entrada de jornalistas no país.
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