A Justiça cubana deixou em liberdade nesta sexta-feira uma dissidente ligada ao grupo Damas de Branco que havia sido condenada a 20 meses de prisão por uma disputa familiar. A oposição considerou a decisão uma vitória.
Mas um tribunal de apelações de Havana determinou que Dania García deverá pagar uma multa de 300 pesos (13,5 dólares), ou quase um salário médio em Cuba, por "prática arbitrária de direitos" em uma briga com sua filha.
"Foi tudo um teatro. Eles sabiam que haviam cometido um erro", disse a mulher de 41 anos a jornalistas estrangeiros em frente ao tribunal no centro histórico da capital.
Dania disse que seu julgamento era uma represália do governo por seu ativismo junto às Damas de Branco, um grupo de mães e esposas de presos políticos.
"Me sinto feliz, me sinto alegre. Sinto que, mais uma vez, nós, a oposição em Cuba, vencemos", acrescentou a mulher, que escreve para páginas na Internet críticas do governo.
Ela havia sido condenada em 23 de abril depois de uma discussão com sua filha de 23 anos e enviada à cadeia nos arredores de Havana. Em 8 de maio, Dania foi solta para aguardar em liberdade a decisão da apelação.
"A mensagem é que o governo se deu conta (...) que a comunidade internacional não aceitaria arbitrariedade semelhante", disse à Reuters o líder da Comissão Cubana de Direitos Humanos, Elizardo Sánchez.
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