Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Ditaduras parceiras

Cuba afirma que quem pede divulgação de atas na Venezuela tem “propósitos” ocultos

Padre é intimidado por Cuba após tentar realizar dia de oração pelo país e pela Venezuela
O ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, durante a cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), em Caracas, em abril (Foto: EFE/Miguel Gutiérrez)

Ouça este conteúdo

Parceira da ditadura chavista, o regime comunista de Cuba condenou nesta segunda-feira (26) o que chamou de “propósitos por trás” do “pretexto” de “tornar transparentes os resultados” eleitorais na Venezuela, que deram a vitória ao ditador Nicolás Maduro, em alusão aos países - entre eles aliados de Havana, como Brasil, México e Colômbia - que pediram a publicação das atas de votação.

Durante uma declaração telemática na 11ª Cúpula Extraordinária da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP), o ditador cubano, Miguel Díaz-Canel, disse que a Venezuela está sofrendo uma campanha “grosseira e orquestrada” que busca “mascarar outra tentativa de golpe de Estado”.

Da mesma forma, o ditador descreveu os relatórios publicados pela oposição - que alega ter obtido 83,5% das atas, dando a vitória ao seu candidato, Edmundo González Urrutia - como “documentação de origem duvidosa” que é apresentada “como legítima”.

“Não ficaremos à margem ou em silêncio diante dos ultrajes e da interferência flagrante do império”, disse Díaz-Canel.

Cuba, um aliado político próximo da Venezuela e um importante receptor de seu petróleo, foi um dos primeiros países a reconhecer a “vitória” de Maduro, decretada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), apesar dos protestos contra o resultado.

O presidente do México, o também esquerdista Andrés Manuel López Obrador, ainda não reconhece oficialmente a reeleição de Maduro.

No último domingo, o governista Centro de Investigações de Política Internacional (Cipi) declarou que considera que “todos” que questionam a versão oficial das eleições na Venezuela seguem, de alguma forma, um “padrão que foi estabelecido pelos Estados Unidos”.

Em entrevista à Agência EFE, o diretor da entidade cubana, José Ramón Cabañas, pediu “respeito” aos assuntos internos da Venezuela, mas também afirmou que a publicação das atas pode fazer “sentido” para esclarecer dúvidas.

Conteúdo editado por: Fábio Galão

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.