O governo cubano anunciou nesta sexta-feira (26) que punirá os responsáveis por lançar dois perfumes com os nomes do guerrilheiro cubano-argentino Ernesto "Che" Guevara e do ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez.
Em comunicado publicado pelo jornal estatal "Granma", o Conselho de Ministros do ditador Raúl Castro chamou de "atitude irresponsável" o lançamento dos perfumes, feito por um laboratório estatal que fabrica cosméticos e produtos naturais.
O regime negou que o produto esteja sendo vendido comercialmente ou tenha sido registrado, assim como a informação divulgada pela agência de notícias Associated Press de que as famílias dos homenageados teriam sido avisadas.
"Por esse grave erro serão tomadas as medidas disciplinares correspondentes. Iniciativas desta natureza não serão aceitas nunca pelo nosso povo nem pelo governo revolucionário. Os símbolos, ontem, hoje e sempre, são sagrados", diz a nota.
Na quarta (25), a Associated Press informou que o país estava lançando os perfumes, fabricados pelo laboratório Labiofam. Segundo a então vice-presidente de pesquisa da empresa, Isabel González, as colônias eram "muito atraentes" e os nomes "significam muito para nós".
A empresa havia informado que pretendia vender os perfumes no mercado internacional. Além de Chávez e Che, havia dois outros modelos, chamados Amalia e Alba.
Amalia é o nome de batismo de Amalia Simoni, uma das principais mulheres envolvidas na Revolução Cubana. Já Alba é a sigla para a Alternativa Bolivariana para as Américas, grupo fundado por Hugo Chávez.
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