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Três anos e meio após a Casa Branca autorizar o afrouxamento histórico de restrições nas relações com Cuba, o governo de Barack Obama começou ontem diálogo com a Ilha comandada pelos irmãos Castro para derrubar a proibição para troca direta de correspondências e encomendas entre os dois países, em vigor há 50 anos.

O passo faz parte da estratégia diplomática americana de facilitar a comunicação e o fluxo de informações para a população cubana, na tentativa de fomentar movimento democrático que force mudanças no regime. Mas não deve resultar em reaproximação maior no curto prazo.

As conversas começaram em 2009, quando Obama anunciou o relaxamento das restrições para viagens de cubano-americanos, do envio de presentes e da remessa de recursos à Ilha. Foram autorizados, ainda, acordos entre operadoras de telecomunicações americanas e a estatal cubana do setor.

Em dezembro daquele ano, porém, Cuba prendeu o americano Alan Gross, acusado de entregar telefones por satélites a cubanos. As negociações foram suspensas — incluindo mudanças nas regras de imigração — e Havana passou a pressionar pela libertação de quatro agentes cubanos que cumprem sentença nos EUA e pela retirada do país da lista negra americana dos Estados que apoiam o terror.

As reuniões desta semana são as primeiras sobre ações concretas desde então. Elas serão dirigidas pela diretora internacional do serviço postal dos EUA, Lea Emerson, e pelo principal diplomata de Cuba no país, José Cabañas Rodríguez.

Desde 2009, Raúl Castro promove mudanças no regime, que vão desde a liberação de atividade privada à dispensa do visto de saída do país. Os EUA veem na mudanças uma janela de oportunidades.

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