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Conflito diplomático

Cuba exige que os EUA devolvam agente cubano após deixar prisão

Cuba acusou nesta quarta-feira os Estados Unidos de "apoiarem" atos terroristas contra a ilha e exigiu que o governo de Barack Obama devolva um agente de inteligência cubano preso no país depois que ele deixar a prisão, no próximo mês, após cumprir condenação por espionagem e conspiração.

Um editorial do governo cubano exigiu o retorno de René González, um dos cinco agentes de inteligência presos nos Estados Unidos desde 1998, quando ele deixar a cadeia na Pensilvânia em 7 de outubro, após 13 anos de prisão.

Entretanto, uma juíza do Distrito Sul da Flórida rejeitou uma solicitação apresentada por González para retornar a Cuba ao término de sua sentença e disse que ele deveria permanecer nos Estados Unidos por mais três anos em regime de "liberdade supervisionada".

"Essa decisão... constitui uma represália adicional deliberada, impulsionada pelas mesmas motivações de revanche política que caracterizaram os processos judiciais fraudados pelos quais se condenou os 'Cinco Heróis', no ano de 2001", afirmou o Granma, jornal do Partido Comunista.

"É preciso exigir com toda energia que não seja acrescentada mais uma injustiça, que não se insista em um castigo adicional", disse.

Cuba considera que os cinco homens, que pertenciam à chamada Red Avispa, são inocentes e só permaneciam nos Estados Unidos para proteger a ilha de atos de terror cometidos por grupos contrários a Fidel Castro, radicados na Flórida.

Os cinco foram presos em 1998 e condenados em 2001 a sentenças variando de 15 anos a prisão perpétua por espionagem e conspiração.

O governo do presidente Raúl Castro pediu a Obama no passado que liberasse os cinco agentes, que são considerados "heróis" na ilha.

"Por trás (da decisão) está o governo dos Estados Unidos, que durante anos tem apoiado o terrorismo contra Cuba e protegido indivíduos e organizações terroristas radicadas em seu território, responsáveis por terem causado a morte, a dor e o sofrimento a milhares de cubanos", afirmou o editorial.

Havana e Washington são inimigos políticos desde que o presidente Fidel Castro encabeçou uma revolução de esquerda em 1959, mas as relações tiveram um breve descongelamento com a chegada de Obama ao poder.

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