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A ditadura de Cuba afirmou nesta sexta-feira (25) que o país se sente honrado por ter sido incluído como parceiro do bloco de potências emergentes Brics, uma iniciativa que descreveu como uma “grande esperança” para o Sul Global, e reafirmou seu interesse em se unir plenamente ao grupo.
A cúpula dos Brics realizada esta semana em Kazan, na Rússia, culminou com uma menção à nova categoria de países parceiros (diante das divergências entre os membros para incluir outros países como membros plenos), mas a lista dos selecionados ainda não foi definitivamente aprovada pelos nove países membros do bloco.
“Cuba tem a honra de se unir aos Brics como país parceiro, cinco letras e uma grande esperança para os países do Sul, no árduo caminho para uma ordem internacional mais justa, democrática, equitativa e sustentável”, escreveu o ditador cubano, Miguel Díaz-Canel, nas redes sociais.
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, declarou também nas redes sociais que Cuba “reafirma seu interesse e compromisso de se juntar e trabalhar ao lado de seus membros [dos Brics] em defesa do multilateralismo, da paz, do direito internacional e da construção de uma agenda de desenvolvimento e cooperação que responda às prioridades do Sul”.
De acordo com a imprensa oficial cubana, os novos países parceiros são Argélia, Belarus, Bolívia, Cuba, Indonésia, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Turquia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.
Diante das diferenças entre os países que compõem os Brics sobre a ampliação, o bloco optou, nessa cúpula, por não admitir novos membros e, em vez disso, criar a categoria de país parceiro. A Venezuela foi excluída desse grupo, aparentemente devido à rejeição do Brasil, segundo afirmou o próprio Ministério das Relações Exteriores do regime de Nicolás Maduro.
Os Brics eram formados pelas principais economias emergentes (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), mas o bloco se expandiu, buscando ampliar seus interesses para além da cooperação econômica. A partir de então, incluiu Emirados Árabes Unidos, Irã, Egito e Etiópia como membros plenos.
Conteúdo editado por: Fábio Galão