Cuba inaugurou 118 centros de acesso público à internet espalhados pelo país. O acesso, no entanto, não é gratuito. Os usuários precisam pagar até equivalente a R$ 10 por hora para acessar sites internacionais, um preço salgado num país onde o salário médio mensal é de aproximadamente R$ 34. O uso de sites nacionais custa bem menos: R$ 1, 28.
Segundo o diretor da Empresa de Telecomunicações do país, Luz Manuel Díaz Naranjo, os computadores permitem acesso à internet e ao e-mail além de toda a rede nacional. Os centros funcionarão de 8h30 às 19h30, de segunda a domingo.
De acordo com o governo, a conexão de Cuba com a rede mundial de computadores foi possibilitada pela instalação de um cabo submarino de fibra ótica que sai da Venezuela e passou a transmitir dados em janeiro.
Para a blogueira cubana Yoani Sánchez, apesar dos preços altos e da impossibilidade de acesso doméstico, a novidade "é uma brecha no muro". Aos 37 anos e moradora de Havana, Yoani faz constantes críticas ao governo a partir de seu blog "Generación Y" e por meio da popular rede social Twitter. Como a maioria dos opositores, hospeda o blog em servidores internacionais.