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Cuba intensificou nesta segunda-feira sua campanha contra o bloqueio comercial imposto há mais de quatro décadas pelos EUA, convidando os Poderes Legislativos de todo o mundo para se somarem a sua cruzada contra a extraterritorialidade das sanções.

"Instamos os Parlamentos e nossos colegas parlamentares a que exijam o fim imediato e incondicional do bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba", disse a Assembléia Nacional do país em uma declaração.

A ilha caribenha intensificou nas últimas semanas suas ações tendo como alvo o dia 8 de novembro, quando a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) deve aprovar pelo 14º ano consecutivo uma resolução contra as sanções impostas pelos EUA em 1962.

- Não há nenhuma dúvida de que a Assembléia vai aprovar a resolução que condena o bloqueio. Isso não quer dizer que os EUA vão colocar fim à medida - disse o presidente da Assembléia Nacional de Cuba, Ricardo Alarcón.

Neste final de semana, a campanha cubana recebeu o apoio dos 22 presidentes e chefes de Estado que participaram da 15ª Cúpula Ibero-Americana, realizada na cidade espanhola de Salamanca. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve presente ao encontro.

Alarcón disse que o uso da expressão bloqueio no lugar de embargo na declaração final da cúpula era um feito histórico. A palavra deixou os EUA irritados.

O governo americano pune as empresas estrangeiras que investem em propriedades ou bens americanos expropriados em Cuba depois da revolução de 1959.

Os parlamentares cubanos pediram aos governos do mundo todo que ignorem as sanções dos EUA, sanções essas que, segundo a ilha comunista, custam-lhe US$ 1,78 bilhão todo ano.

"Pedimos aos Poderes Legislativos que aprovem leis permitindo combater a natureza extraterritorial do bloqueio", afirmou a Assembléia Nacional de Cuba.

"Não se trata, como pretende dizer o governo dos EUA, de um problema bilateral entre os dois países, mas de uma guerra econômica real", acrescentou o órgão.

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