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Mais de 2,9 mil presos foram libertados nos últimos dias em Cuba após o indulto anunciado na última sexta-feira pelo Governo da ilha, informou nesta segunda (26) a opositora Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), enquanto não há nenhuma informação oficial sobre o caso.

O porta-voz da CCDHRN, Elizardo Sánchez, disse à Agência Efe que o número extraoficial com que trabalha o organismo é de cerca de 2,9 mil presos, entre os quais foram libertadores três detentos por motivos políticos.

Segundo precisou Sánchez, os presos políticos libertados são Carlos Martínez Ballester, que cumpriu quatro anos de uma condenação de 15 anos por "revelar segredos da Segurança do Estado", além de Yordani Martínez Carvajal e Walfrido Rodríguez Piloto, ambos punidos por participar de um protesto público.

"São os únicos três casos que temos confirmados de libertações de presos políticos por fontes familiares diretas", afirmou Sánchez, para quem o Governo irá conceder indulto a cerca de dez presos políticos, mas "não muitos mais".

Até o momento nenhum meio nem fonte oficial da ilha informou sobre o início das libertações.

O presidente de Cuba, Raúl Castro, anunciou na última sexta-feira em discurso na Assembleia Nacional que seu Governo concederia um indulto por razões humanitárias a mais de 2,9 mil presos nos próximos dias, mas sem precisar datas.

Além disso, Castro informou que seriam libertados antecipadamente 86 estrangeiros de 25 nações, sob a condição de que seus países aceitem a repatriação.

De acordo com o anúncio, não serão incluídos neste benefício, salvo exceções, presos por delitos de espionagem, terrorismo, assassinato, tráfico de drogas, pedofilia, abuso sexual, roubo de imóvel e corrupção de menores.

A CCDHRN estima que há em Cuba entre 70 mil e 80 mil presos, embora o número seja ainda maior para alguns observadores.

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