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Ariel Sigler e sua mulher, Noelia: visto por razões humanitárias | Desmond Boylan/Reuters
Ariel Sigler e sua mulher, Noelia: visto por razões humanitárias| Foto: Desmond Boylan/Reuters

Histórico

Quem já deixou o país:

13.jul – Ricardo González, Léster González, Omar Ruiz, Antonio Vilarreal, Julio César Gálvez, José Luis García Paneque e Pablo Pacheco.

14.jul – Omar Rodríguez e Normando Hernández.

15.jul – Mijail Bárzaga e Luis Milán.

Ontem – Arturo Pérez de Alejo.

Fonte: Folhapress

Cuba autorizou um dissidente político cadeirante a viajar para Miami, Estados Unidos, semanas depois de ter sido libertado da prisão, disse o oposicionista on­­tem. Ariel Sigler Amaya, preso numa onda de repressão a dissidentes em 2003, e posteriormente condenado a 20 anos de prisão, foi libertado em 12 de junho, quase um mês antes de o governo anunciar a libertação de outros 52 presos políticos.

Tanto Sigler quanto os demais detidos foram soltos graças à in­­tervenção da Igreja Católica junto ao regime comunista. Os Es­­tados Unidos imediatamente concederam visto a Sigler, alegando razões humanitárias. Mas o dissidente de 48 anos, extremamente magro, protestou na se­­gunda-feira pela demora do go­­verno cubano em aprovar a sua saída.

"Me ofereceram a permissão de saída, ou chamada carta branca, para emigrar," disse Sigler a jornalistas ao entrar numa reunião na Seção de Interesses (espécie de embaixada) dos Estados Uni­­dos em Havana. Ele agora aguarda os trâmites para tirar a passagem e partir.

Dos outros 52 presos políticos que Cuba prometeu libertar, 12 já se encontram na Espanha, depois que Arturo Pérez de Alejo chegou ontem a Madri.

Alejo é presidente da organização de direitos humanos Escam­­bay e fora condenado a 20 anos de prisão após ser preso em 2003.

Segundo a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Recon­­ci­­liação Nacional – ilegal, mas tolerada pelo regime –, Alejo sofre de úlcera no estômago, trans­­torno cardiovascular e perda parcial da audição, problemas que ele não tinha antes de ser detido.

Ao chegar, Alejo afirmou que a ida ao país espanhol é um "exílio forçado", já que "não há outra alternativa". Outros oito presos políticos estão previstos para deixar Cuba nos próximos dias.

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