Havana - O governo de Cuba planeja descentralizar a venda de alimentos e fechar refeitórios de empresa administrados pelo Estado, co­­mo forma de dinamizar a economia e cortar gastos, informaram ontem fontes do governo. Essas são as mais recentes de uma série de medidas descentralizadoras feitas pelo governo de Raúl Castro.

CARREGANDO :)

Como compensação pelo fechamento dos "comedores’’, trabalhadores cubanos passarão a ter uma remuneração adicional referente à alimentação.

Em condição de anonimato, uma fonte do governo relatou que a ordem já está pronta para fechar os refeitórios dos ministérios em Havana e para pagar aos empregados mais 15 pesos por dia. Ele disse ainda que, se a medida der certo, outras cantinas poderão ser fechadas na cidade e em todo o país.

Publicidade

Assim como outros países do Caribe, Cuba foi bastante atingida pela crise econômica mundial. O governo cubano cortou as importações em 30%, assim co­­mo 10% do Orçamento, e im­­plantou medidas de economia de energia. A estimativa oficial de crescimento do PIB neste ano caiu de 6% para 1,7%.

A decisão de fechar os refeitórios acontece no momento em que o governo estuda passar para o controle de trabalhadores – por meio de cooperativas – alguns estabelecimentos que vendem alimentos no varejo e aumentar a concessão de licenças para comerciantes privados de alimentos, o que estava congelado nos últimos anos.