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O ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel
O ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel| Foto: EFE/ Bienvenido Velasco

O jornalista José Luis Tan Estrada foi preso arbitrariamente pela ditadura comunista de Cuba liderada por Miguel Díaz-Canel na sexta-feira (26).

As acusações contra Estrada não foram especificadas, mas aparentemente estão relacionadas a postagens críticas nas redes sociais feitas por ele contra o regime comunista que controle a ilha caribenha.

Segundo informações, Estrada, que colabora com portais independentes cubanos como CubaNet, está detido no Quartel-General da Segurança do Estado cubano, localizado na capital da ilha, Havana.

A detenção de Estrada provocou uma onda de indignação entre ativistas e organizações de direitos humanos, que exigem a libertação imediata do jornalista.

A PEN Internacional e Anistia Internacional estão entre as entidades que condenaram a prisão de Estrado e pediram o fim do assédio às vozes críticas em Cuba.

“José Luis Tan foi interrogado duas vezes em menos de 72 horas e, em 16 de abril de 2024, foi multado em 3 mil pesos sob o Decreto-Lei 370. Para efetivar a multa, uma funcionária mostrou-lhe uma pasta com publicações dele nas redes sociais criticando as autoridades. A PEN condena esses fatos e pede a imediata libertação do jornalista, instando as autoridades cubanas a cessarem o assédio contra vozes críticas no país”, disse a PEN Internacional em sua conta no X (antigo Twitter).

“Informar não é um delito. Mostrar solidariedade, civismo e compromisso não é delito”, declarou Johanna Cilano, pesquisadora regional da Anistia Internacional, reforçando a importância da liberdade de imprensa para a fiscalização do poder.

“As autoridades cubanas temem tanto a liberdade de imprensa que detêm injustamente jornalistas. Sem liberdade de imprensa, a supervisão e o escrutínio daqueles que detêm o poder são reduzidos. Por isso, a estratégia dos Estados que violam os direitos humanos é silenciar o mensageiro”, disse Astrid Valencia, diretora-adjunta de Pesquisa para as Américas da Anistia Internacional.

Como mencionou a PEN, antes de sua prisão, Estrada já havia sido multado e ameaçado pelo regime por supostos delitos relacionados à liberdade de expressão.

O Observatório Cubano de Direitos Humanos (OCDH), organização que acompanha a perseguição contra dissidentes em Cuba, também criticou a detenção do jornalista.

“Condenamos a detenção arbitrária do jornalista independente José Luis Tan Estrada em Villa Marista, em Havana. Exigimos sua imediata libertação”, disse a ONG no X.

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