SANTA CLARA, Cuba - Cuba relembra neste sábado o 38º aniversário da morte do guerrilheiro argentino Ernesto Che Guevara, líder da revolução cubana. Milhares de cubanos homenagearam o líder em praças, fábricas e universidades. Che morreu em oito de outubro de 1967, quando estava à frente de um grupo guerrilheiro na selva da Bolívia.
Em Santa Clara, a 260 quilômetros do Oeste de Havana, mais de 500 crianças formavam uma linha e gritavam:
- Seremos como Che - ao se reafirmarem como membros do movimento de colegiais comunistas.
A diretora do Memorial de Che Guevara, Fe García, disse que o guerrilheiro é um "exemplo para as crianças do país".
Che Guevara comandou, em 1958, o movimento que teve início na cidade, na região central de Cuba, numa vitória militar que determinou a sorte do ditador Fulgêncio Batista. Anos depois, depois de dirigir o Banco Nacional de Cuba e o Ministério da Indústria, Guevara voltou a empunhar o fuzil e tentou exportar o movimento guerrilheiro primeiramente para o Congo e posteriormente para a Bolívia, onde foi encurralado, capturado e morto pelo exército.
Seus restos mortais foram localizados em 1997, repatriados a Cuba e depositados com honras do Estado em Santa Clara, em um imponente mausoléu visitado diariamente por 800 pessoas.
O ex-treinador da seleção argentina de futebol Cesar Luís Menotti, última celebridade a manifestar apoio ao govenro comunista de Fidel Castro, chegou a Santa Clara neste fim de semana.
- É como um santuário - disse o treinador, que conduziu a vitória da seleção argentina na copa de 1978, em plena ditadura militar, ao depositar uma coroa de flores em baixo de uma estátua de 20 toneladas de Che Guevara.
Guevara, que se uniu ao movimento guerrilheiro de Castro no México, se converteu, um ano depois, em um dos ideólogos e líderes militares da revolução cubana de 1959. Sua morte o transformou em um mártir da esquerda e ícone mundial da rebeldia juvenil.
- Viemos aqui para conhecer mais sobre o Che, porque gostamos que as pessoas lutem e defendam seus ideais - disse o turista israelense Amit Segal, aos pés do mausoléu.
A foto em preto e branco de Che se transformou em uma imagem que adorna pôsteres, camisetas e até mesmo uma tatuagem no braço do ex-jogador de futebol argentino Diego Maradona.
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