![Autoridades cubanas negam permissão para protesto pacífico em novembro Em julho, centenas de cubanos saíram às ruas de Havana gritando “liberdade” em manifestações pacíficas, que foram interceptadas pelas forças de segurança e brigadas de apoiadores do governo, resultando em violentos confrontos e prisões.](https://media.gazetadopovo.com.br/2021/07/15162444/55788d532346321b07c3c0cd8298906f5e2ab1a3w-960x540.jpg)
Autoridades de Cuba negaram nesta terça-feira (12) a permissão, solicitada por ativistas opositores, para realizar um grande protesto pacífico no dia 15 de novembro em Havana e em outras cidades do país.
"As razões apresentadas para a manifestação não são reconhecidas como legítimas", argumenta um texto assinado pelos conselhos municipais e assembleias populares das localidades onde a petição foi emitida, entregue em resposta aos solicitantes.
O protesto foi interpretado como "uma provocação" que promove a "mudança de regime" em Cuba. As autoridades argumentam que, de acordo com a Constituição de 2019, o "sistema socialista" que reina no país há mais de seis décadas é "irrevogável".
Em Havana, os organizadores esperavam que cerca de 5.000 pessoas participassem da passeata.
Protesto contra a violência e pelos direitos de todos em Cuba
A manifestação seria "contra a violência, para exigir o respeito pelos direitos de todos os cubanos, a libertação dos presos políticos e a resolução das diferenças por meios democráticos e pacíficos", de acordo com o pedido.
Na declaração escrita, os organizadores exigiam o exercício dos direitos de reunião, manifestação e associação para fins lícitos e pacíficos estabelecidos na Constituição.
No entanto, as autoridades afirmaram que um direito constitucional "não pode ser exercido contra os outros direitos, garantias e postulados essenciais da própria Constituição, o que determina a natureza ilícita da passeata".
Em Cuba, os direitos à greve e à manifestação não são contemplados fora das instituições estatais, motivo pelo qual, se tivesse sido autorizada, a marcha de 15 de novembro criaria um precedente histórico.
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