Autoridades de Cuba negaram nesta terça-feira (12) a permissão, solicitada por ativistas opositores, para realizar um grande protesto pacífico no dia 15 de novembro em Havana e em outras cidades do país.
"As razões apresentadas para a manifestação não são reconhecidas como legítimas", argumenta um texto assinado pelos conselhos municipais e assembleias populares das localidades onde a petição foi emitida, entregue em resposta aos solicitantes.
O protesto foi interpretado como "uma provocação" que promove a "mudança de regime" em Cuba. As autoridades argumentam que, de acordo com a Constituição de 2019, o "sistema socialista" que reina no país há mais de seis décadas é "irrevogável".
Em Havana, os organizadores esperavam que cerca de 5.000 pessoas participassem da passeata.
Protesto contra a violência e pelos direitos de todos em Cuba
A manifestação seria "contra a violência, para exigir o respeito pelos direitos de todos os cubanos, a libertação dos presos políticos e a resolução das diferenças por meios democráticos e pacíficos", de acordo com o pedido.
Na declaração escrita, os organizadores exigiam o exercício dos direitos de reunião, manifestação e associação para fins lícitos e pacíficos estabelecidos na Constituição.
No entanto, as autoridades afirmaram que um direito constitucional "não pode ser exercido contra os outros direitos, garantias e postulados essenciais da própria Constituição, o que determina a natureza ilícita da passeata".
Em Cuba, os direitos à greve e à manifestação não são contemplados fora das instituições estatais, motivo pelo qual, se tivesse sido autorizada, a marcha de 15 de novembro criaria um precedente histórico.
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