Milhares de cubanos marcharam nesta terça-feira (1º), Dia do Trabalho, com slogans de apoio ao socialismo na ilha, no momento em que o governo implementa reformas econômicas destinadas a corrigir as falhas do sistema político instalado há meio século.
Pela primeira vez, além dos funcionários públicos, marcharam trabalhadores independentes que surgiram com a abertura da economia para atividades privadas, uma das mais de 300 reformas econômicas feitas pelo governo, que inclui também a flexibilidade de comprar e vender ativos.
Cerca de 50 mil funcionários da saúde pública abriram o desfile com bandeiras em Havana e precedidos por uma gigante tela branca na qual estava escrito em letras vermelhas "preservar e aperfeiçoar o socialismo".
O presidente Raúl Castro acompanhou o desfile de um pódio, acompanhado por altos funcionários de seu governo.
O secretário-geral da Central de Trabalhadores de Cuba, Salvador Valdés Mesa, pediu disciplina, unidade e trabalho de forma eficiente, além de combater o crime, a corrupção e a indisciplina.
Esta "deve ser a principal contribuição de cada cidadão para a revolução, cuja continuidade depende da capacidade de eliminar nossos erros", disse ele em um breve discurso.
"A unidade é a chave para preservar e fortalecer a nação e os ganhos econômicos e sociais", acrescentou.
Cuba implementa um plano de reformas econômicas em que se destaca a expansão do setor privado e a redução gradual da força de trabalho do Estado, e cujos números sobre o desempenho ainda não foram revelados.
O governo disse que espera que os cortes até 2012 atinjam cerca de 170 mil funcionários públicos, muitos dos quais deverão passar para formas "não-estatais" de produção.
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