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Cuba encerrou 2021 com o número mais baixo de nascimentos (99.096) e o mais alto de mortes (167.645) dos últimos 60 anos, segundo o Centro de Estudos Demográficos (CED) da Universidade de Havana, informou a imprensa oficial nesta quarta-feira (29).
De acordo com os números divulgados pelo CED, o número de nascimentos se contraiu pelo quarto ano consecutivo e os níveis de fecundidade ficaram 44 anos abaixo da reposição geracional. A população total de Cuba se situou em 11,1 milhões de habitantes.
A análise do CED destacou que a fecundidade adolescente aumentou “por zonas e municípios” e a sua taxa caiu apenas 1,61% após a presença da Covid-19. Por outro lado, os abortos aumentaram 15,73%.
A população de 2011 a 2025 deverá diminuir em termos absolutos em mais de 203.111 pessoas, e cerca de 26% delas terão 60 anos ou mais, com um elevado crescimento absoluto de pessoas com mais de 80 anos de idade.
Estima-se que até 2030, haverá 3,3 milhões de pessoas com 60 anos ou mais no país. De acordo com as estatísticas oficiais, a expectativa de vida em Cuba é de cerca de 80 anos (78,89).
Com uma das populações mais envelhecidas da América Latina, Cuba aprovou nos últimos anos leis para estimular a taxa de natalidade. Essa taxa no país é de cerca de 1,6 criança por mulher em idade fértil, longe da taxa de reposição - fixada em 2,1 - necessária para manter a população.
O Censo de População e Habitação previsto para setembro foi adiado porque as condições para a sua realização “não se encontram atualmente reunidas”, segundo o diretor do Centro de Estudos da População e Desenvolvimento (CEPDE), Diego González Galbán, de acordo com o jornal oficial Granma.
Os últimos censos populacionais e habitacionais em Cuba ocorreram em 2002 e 2012. O resultado do censo de 2012 informou que o país tinha 11.167.325 habitantes, em comparação com os 11.177.743 contados em 2002.