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América Latina

Cuba repudia debate no Parlamento Europeu sobre direitos humanos na ilha

Um bicitaxi passa em frente a um mural com ilustração do ditador Fidel Castro em Havana, Cuba, 13 de agosto (Foto: EFE/ Ernesto Mastrascusa)

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A Assembleia Nacional do Poder Popular de Cuba (ANPP, parlamento unicameral composto exclusivamente por aliados do regime castrista) descreveu nesta segunda-feira o próximo debate no Parlamento Europeu sobre os direitos humanos na ilha como um "exercício politizado" e acusou seus idealizadores de responder aos interesses dos Estados Unidos.

A declaração do Comitê de Relações Internacionais da ANPP diz que os parlamentares que impulsionam o debate, marcado para a próxima quinta-feira, respondem à agenda de Washington.

"Os promotores desta nova manobra não têm autoridade moral para se declararem defensores dos direitos do povo cubano", declarou o texto. "Eles não representam a opinião de todos os deputados", acrescenta a nota, que destaca o trabalho do Grupo Parlamentar de Amizade com a ilha no fórum.

Os parlamentares cubanos denunciam que a proposta mais uma vez transforma o Parlamento Europeu em "um triste refém de uma escalada agressiva, estranha aos interesses genuinamente europeus e contrária ao espírito de diálogo respeitoso que tem prevalecido nas relações entre Cuba e a União Europeia".

"As ações repetidas deste grupo de legisladores, cujo desempenho nestas questões se caracteriza pela duplicidade de padrões e o uso intensivo de mentiras devem ser motivo de preocupação para os cidadãos e as instituições da União Europeia", alertou o Comitê de Relações Internacionais da ANPP.

Em junho, o Parlamento Europeu adotou uma resolução - lançada pelo grupo conservador do Partido Popular Europeu juntamente com os liberais e os eurodeputados de extrema direita - na qual disseram que Cuba não fez progresso concreto algum na área dos direitos humanos.

Os legisladores também condenaram as violações dos direitos humanos em Cuba como "perseguição política persistente e permanente, atos de assédio e detenções arbitrárias de dissidentes" e exigiu a libertação dos presos políticos na ilha.

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