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O ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e seu antecessor Raúl Castro, em janeiro deste ano
O ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e seu antecessor Raúl Castro, em janeiro deste ano| Foto: EFE/ Ernesto Mastrascusa

A ONG Prisioners Defenders, que lança periodicamente relatórios sobre violações de direitos humanos em Cuba, divulgou nesta quinta-feira (17) um novo levantamento onde afirma que o número de presos políticos na ilha chegou a 1.113.

Segundo a Prisioners Defenders, a perseguição e o assédio do regime cubano contra ativistas, jornalistas e familiares de presos políticos tornou-se agora uma prática comum na ilha. Os familiares dos presos políticos que se manifestaram contra o regime de Havana são os novos alvos das de constantes prisões arbitrárias, perseguições, cercos domiciliares, intimações policiais, multas e ameaças.

Este mês de setembro, a ONG identificou a prisão de quatro familiares de jovens cubanos que estão na prisão por terem se manifestado pacificamente nas provinciais de Havana, Santiago de Cuba e Camagüey.

O novo número de presos políticos, 1.113, representa um aumento impressionante em relação a agosto, onde se registrou apenas duas prisões.

A ONG destacou que o regime cubano está utilizando o "terror da prisão" para silenciar tanto aqueles que se manifestam contra a ditadura de Miguel Díaz-Canel quanto seus familiares.

"A situação é extremamente grave, e os direitos humanos continuam a ser violados de forma sistemática na ilha", afirma o relatório.

O relatório da Prisoners Defenders também destaca a preocupante situação dos presos políticos em relação aos cuidados médicos. Segundo o documento, 356 dos 1.113 detidos sofrem de patologias graves, e outros 62 apresentam transtornos mentais diagnosticados, mas não recebem o tratamento médico ou psiquiátrico adequado.

Além disso, muitos detidos seguem sendo vítimas de tortura e maus-tratos que agravam suas condições de saúde, como a falta de alimentação adequada e o ambiente repressivo das prisões.

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