Em Cuba, 402 pessoas foram detidas em abril por motivação política, segundo a organização não governamental (ONG) Comissão dos Direitos do Homem e da Reconciliação Nacional. De acordo com relatório divulgado pela instituição, a maior parte das detenções foi feita por menos de 24 horas ou por poucos dias. A organização informou ainda que Cuba ocupa, na América Latina, o primeiro lugar em cerceamento à liberdade de expressão.
O país é comandado pelo Partido Comunista desde 1959, quando houve a Revolução Cubana e a deposição do poder do então presidente Fulgencio Batista (1940-1944 e 1952-1959), apontado como ditador.
Nos primeiros meses do ano, a Comissão dos Direitos do Homem e da Reconciliação Nacional identificou 2.795 detenções apontadas como arbitrárias - 721 a mais do que durante o ano de 2010, mas 1.328 a menos do que em 2011.
Um dos dissidentes políticos presos é José Daniel Ferrer, que será julgado por "desordem pública". Presidente da União Patriótica de Cuba, Ferrer foi detido depois da visita do papa Bento XVI a Havana, em março.
A comissão informou ainda que em Cuba há de 150 a 200 prisões, centros de correção e campos de trabalho, que reúnem de 70 mil a 80 mil detentos. "Milhares [desses detentos] são absolutamente inocentes ou cometeram delitos menores que não devem ser castigados com a detenção", diz o relatório da ONG.
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