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Várias pessoas ficaram feridas ou foram detidas durante os protestos contra o regime comunista de Cuba neste domingo (11), segundo a imprensa independente. Em Havana, jornalistas da Associated Press flagraram pelo menos 20 prisões de manifestantes, que foram levados em carros policiais ou particulares. Estima-se que centenas tenham sido detidos em todo o país.
Também há relatos de pessoas que ficaram feridas em confrontos com a polícia. Em Havana, um repórter cinematográfico da AP foi agredido por simpatizantes do regime e um fotógrafo da mesma agência de notícias foi ferido pela polícia. Em Camagüey, moradores denunciaram que a ditadura castrista enviou tropas especiais para reprimir os protestos e relataram ao menos dois feridos em ação das forças de segurança.
A Anistia Internacional condenou a repressão da ditadura comunista. "Pessoas foram feridas por tiroteios policiais, prisões arbitrárias, ameaças e ataques a jornalistas, incluindo um fotógrafo da agência AP, uma forte presença militar nas ruas e um governo intolerante", disse Erika Guevara Rosas, diretora da Anistia Internacional para as Américas, na noite deste domingo.
Além de ter enviado forças de segurança para acabar com o movimento, o regime cortou a conexão de internet em vários momentos em todo o país para impedir a transmissão das manifestações. Díaz-Canel, falando ao vivo na televisão estatal, incitou a violência, pedindo para que seus apoiadores estejam prontos para o "combate". Ele também acusou "mercenários pagos pelo governo dos EUA" de organizarem os atos contra a ditadura.
Os protestos ocorreram de forma espontânea em vários pontos de Cuba neste domingo e são considerados históricos, já que esta é primeira vez que um grande grupo de cubanos sai às ruas para protestar contra o governo desde o famoso "Maleconazo" de 1994, no meio da crise econômica do chamado "Período Especial". Os manifestantes pedem por liberdade e condenam as crises econômica e sanitária que o país vive.