O governo do EUA incluiu países árabes aliados e nações latino-americanas e de outras regiões com quem enfrenta problemas em uma lista dos que menos fazem para combater e evitar o tráfico de pessoas para fins sexuais e de servidão de trabalho. Bahrein, Kuwait, Omã, Qatar e Arábia Saudita, todos no Oriente Médio e que costumam apoiar a política externa americana, fazem companhia a Venezuela, Cuba, Irã e Coréia do Norte na lista divulgada nesta terça-feira pelo Departamento de Estado americano.
Completam a relação dos 16 países que, segundo Washington, mais cometem infrações na delicada questão Argélia, Guiné Equatorial, Malásia, Mianmar, Sudão, Síria e Uzbequistão.
A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, que apresentou o relatório anual, afirmou que o governo americano "não apenas mantém o compromisso de combater o tráfico de pessoas, mas também vai se esforçar para que seja abolida esta forma moderna de escravidão, este comércio global de escravos".
O informe destaca que "os Estados Unidos são um país exportador e importador de milhares de homens, mulheres e crianças para a eploração sexual ou trabalhista".
Ao país chegam mulheres e crianças oriundas do Leste da Ásia, do Leste Europeu, do México e da América Central para a prostuição.
Rice listou o Brasil como um dos países que fizeram avanços no combate ao tráfico de seres humanos. "O Brasil não acata por completo os padrões mínimos necessários para a eliminação do tráfico, mas tem feito progressos no sentido de fazê-lo", afirmou o relatório. O Brasil é um dos países que subiu no ranking do Departamento de Estado, em relação ao estudo divulgado no ano passado, passando da classificação "Categoria 2 - Quarentena" para "Categoria 2".
A lista de 32 países "sob vigilância" segundo o informe inclui vários países da América Latina: Argentina, República Dominicana, Guatemala, Guiana, Honduras e México.