Um cubano completou nesta sexta-feira 130 dias de uma greve de fome para exigir o livre acesso à internet no país. Guillermo Fariñas, um psicólogo de 43 anos, diz estar disposto a se converter no primeiro mártir da internet. Ele fez a sua última refeição no dia 31 de janeiro.
Fariñas está internado num hospital da cidade de Santa Clara, 270 quilômetros a leste de Havana, onde recebe soro por via intravenosa.
- Seu estado é grave, porém estável - disse Raisa Fariñas, sua irmã.
Em Cuba, o acesso à internet é limitado principalmente a acadêmicos e funcionários do governo. Cidadãos em geral não podem se conectar à rede de maneira legal.
Parentes de Fariñas contaram que ele já perdeu mais de 25 quilos desde que começou a greve e que teve que ser operado duas vezes em maio para extrair líquido dos pulmões.
Fariñas é diretor de uma agência independente de notícias e começou a sua vigésima greve de fome depois que as autoridades o impediram de divulgar seus artigos pela internet através de um cibercafé em Santa Clara.