Várias centenas de cubanos dançaram ao som conga, agitaram a bandeira do arco-íris e proclamaram seu amor homossexual neste sábado, comemorando grandes avanços nos direitos gays enquanto esperam com paciência pelo ainda politicamente distante direito ao casamento.

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Cerca de 500 pessoas participaram da sétima parada anual contra a homofobia pelo distrito de Vedado, na capital Havana, na qual dançarinos travestis e casais homossexuais de mãos dadas, acompanhados de dúzias de turistas estrangeiros, clamavam por maior aceitação social.

Cuba aprovou as operações de mudança de sexo e proibiu a discriminação contra lésbicas, bissexuais e transexuais no local de trabalho nos últimos anos, mas ainda não legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo, ou mesmo uniões civis.

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Algumas atitudes públicas mudaram quando Fidel Castro admitiu em 2010, dois anos depois de entregar a presidência ao irmão Raúl, que errou ao discriminar homossexuais, que foram enviados a campos de trabalho nos primeiros anos da revolução de 1959.

"Embora haja uma revolução, a consciência não mudou rápido o suficiente entre muitos revolucionários", disse Mariela Castro, filha do presidente Raúl Castro e maior defensora cubana dos direitos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais).

"Gostaria que fosse mais rápido, mas não perco a esperança. Vou comemorar com grande felicidade o dia em que casais do mesmo sexo puderem começar a se casar", afirmou à Reuters na conclusão do evento.

Embora Cuba seja governada somente pelo Partido Comunista, a legislação muitas vezes demora para mudar. Desde 2006 a Assembleia Nacional vem tentando atualizar o Código Familiar de 1975, que não faz menção aos direitos de transexuais, gays ou lésbicas. Enquanto isso, propostas para o reconhecimento de uniões do mesmo sexo emperraram.