Apagões estão se tornando recorrente em Cuba| Foto: EFE/ Yander Zamora
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Diversos cubanos tomaram as ruas do município de Boyeros, em Havana, para protestar contra a falta de água e energia elétrica, que já dura mais de uma semana. Segundo informações do portal independente Martí, a manifestação ocorreu na movimentada avenida Independencia, próxima à estatal BioCubaFarma, na manhã desta terça-feira (12).

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Conforme veiculou o Martí, os cubanos, indignados com a situação, bloquearam a via utilizando galhos de árvores que caíram durante a passagem do furacão Rafael, que atingiu a região ocidental de Cuba há uma semana e causou um novo colapso do Sistema Elétrico Nacional. A polícia foi acionada e enviou agentes da Polícia Nacional Revolucionária (PNR) para dispersar os manifestantes e liberar a avenida, apesar dos gritos e reclamações de quem participava do ato.

“O povo está aqui fechando a avenida porque o governo não se preocupa com eles. Já são mais de sete dias sem energia e sem água. As pessoas estão perdendo os alimentos porque não têm como conservar”, comentou um dos manifestantes, cuja fala foi registrada em vídeo e circulou nas redes sociais, cita o Martí.

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O descontentamento da população se intensificou ainda mais após uma série de apagões que afetaram principalmente Havana e Santiago de Cuba. A União Elétrica (UNE), estatal de Cuba, informou que 85% dos cidadãos afetados na capital já tiveram o serviço restabelecido, mas bairros como Playa, La Lisa, Arroyo Naranjo e Boyeros continuam sofrendo com a falta de eletricidade, informou o Martí.

O ditador comunista Miguel Díaz-Canel, que após outubro afirmou que seu regime “não toleraria” protestos que considerasse atos de “vandalismo” ou “perturbação da ordem pública”, entrou na mira dos cubanos nas redes sociais, onde muitos criticaram a ineficácia do regime para resolver a crise que assola a ilha.