Cubano-americanos comparecem a uma manifestação de apoio aos protestos em Cuba, em frente ao restaurante cubano Versailles em Miami, Flórida, EUA, 11 de julho de 2021. Imagem ilustrativa.| Foto: CRISTOBAL HERRERA-ULASHKEVICH/Agência EFE/Gazeta do Povo
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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou nesta segunda-feira (12) que é um "grave erro" acusar o país de estar por trás dos protestos populares em Cuba.

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De acordo com Blinken, os protestos são "reflexo" de um povo "profundamente cansado" com "má administração e repressão" por parte das autoridades cubanas.

Em entrevista coletiva, o secretário de Estado americano respondeu à acusação feita pelo ditador cubano, Miguel Díaz-Canel, de que "mercenários pagos pelo governo dos Estados Unidos" teriam organizado os protestos.

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Díaz-Canel também atribuiu ao embargo comercial dos EUA sobre Cuba grande parte da grave crise humanitária e sanitária que o país caribenho enfrenta.

"Seria um grave erro para o regime cubano interpretar o que está acontecendo em dezenas de localidades como o produto de (uma ação dos) Estados Unidos", disse o chefe da diplomacia americana em entrevista coletiva.

Os protestos, segundo Blinken, ocorrem porque o povo cubano "está profundamente cansado" da "repressão, má administração da economia, falta de alimentos adequados e uma resposta fraca à pandemia de covid-19" por parte das autoridades cubanas.

Os protestos de domingo foram os mais fortes a ocorrer em Cuba desde o chamado "maleconazo" de agosto de 1994.

EUA avaliam como ajudar povo cubano

A Casa Branca disse também nesta segunda-feira que os protestos sem precedentes ocorridos em Cuba foram "espontâneos" e negou que o embargo imposto pelos Estados Unidos tenha exacerbado a crise econômica que os provocou.

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Além disso, o governo americano informou que está avaliando como ajudar "diretamente" o povo cubano.

Em sua entrevista coletiva diária, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse que, no momento, ela não tinha nenhum anúncio a fazer sobre uma possível mudança na política do presidente dos EUA, Joe Biden, sobre Cuba.

"(Mas) obviamente, dados os protestos que ocorreram nas últimas 24 e 48 horas, estamos avaliando como podemos ajudar diretamente o povo de Cuba", afirmou.

Em abril, Psaki garantiu que mudar a política de Cuba não era uma prioridade para Biden, apesar de seu antecessor, Donald Trump, ter pressionado inúmeras medidas para reverter o "degelo" nas relações com o país caribenho e que atingiu duramente a economia cubana.

Perguntada se, à luz dos protestos, Biden agora vê a política de Cuba como uma prioridade, a porta-voz evitou responder com um "sim" e simplesmente afirmou que Washington vai acompanhar de perto o que acontece na ilha.

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Nos protestos de domingo em Cuba, Psaki disse que "tudo indica" que foram "expressões espontâneas de pessoas que estão cansadas da má administração econômica e a repressão do governo".

O ditador cubano, Miguel Diaz-Canel, acusou "mercenários pagos pelo governo dos EUA" de organizar os protestos e culpou o embargo comercial americano pela crise.

Quando perguntada sobre isso, Psaki argumentou que o embargo imposto pelos EUA há 60 anos "permite que bens humanitários cheguem a Cuba" e que Washington "agiliza qualquer pedido" que recebe para "exportar suprimentos médicos ou humanitários" para a ilha, além de produtos agrícolas.

Psaki abordou a situação em Cuba horas depois de o próprio Biden falar sobre os protestos, que ele descreveu como "um apelo à liberdade" no exercício "corajoso" dos "direitos fundamentais".