O presidente da Comissão Nacional para o Desenvolvimento e a Vida sem Drogas do Peru (Devida), Carlos Figueroa, fala em coletiva com a imprensa estrangeira realizada na segunda-feira (26), em Lima| Foto: EFE/Paolo Aguilar
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A área de cultivo ilegal de coca no Peru aumentou em 2022 para 95.008 hectares, um número recorde e que representa 18% a mais que o registrado no ano anterior (2021), quando havia 80.681 hectares, de acordo com um novo relatório apresentado na segunda-feira (26) pela Comissão Nacional para o Desenvolvimento e Vida sem Drogas (Devida).

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Particularmente preocupante, segundo o relatório, é o aumento de 86,95% na expansão do cultivo em territórios de comunidades indígenas, que passou de 9.989 hectares em 2020 para 18.674 hectares em 2022.

"Temos que encontrar uma maneira de oferecer proteção que não envolva colocar pessoas para protegê-las em vastos territórios e tirá-las de sua visão de mundo. Temos que encontrar um tema ecológico que respeite sua interculturalidade, mantendo sua cosmovisão e que não represente uma ruptura de seu modo de vida tradicional", disse o presidente da Devida, Carlos Figueroa, em reunião com jornalistas estrangeiros.

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Para combater o que ele chamou de "flagelo" nas áreas afetadas, será necessário um trabalho coordenado e especializado entre todos os atores estatais envolvidos, porque a presença do tráfico de drogas gera maior vulnerabilidade entre os povos indígenas.

Nesse sentido, ele afirmou na reunião com a Associação de Imprensa Estrangeira do Peru que as atividades ilícitas nas comunidades nativas são um problema que vai além do tráfico de drogas e se mistura com a mineração ilegal, a extração ilegal de madeira e o tráfico de pessoas.

"Estamos muito preocupados com essa questão porque ela significa que, além do dano que o cultivo da coca sempre causou nos territórios nacionais, agora o dano é ainda mais potente, porque também inclui crimes ambientais em florestas de produção permanente, em áreas naturais protegidas, em zonas de amortecimento e em concessões florestais", disse Figueroa.

Em áreas naturais protegidas, foram registrados 439 hectares de plantações, em comparação com 260 em 2020, e em termos de florestas de produção permanente, a área somada chegou a 24.969 hectares, em comparação com 11.376 em 2020.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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