George Alexander Louis, o príncipe de Cambridge, na sua primeira aparição pública| Foto: John Stillwell/Reuters

Batismo

Seis reis se chamaram George, incluindo o pai da rainha Elizabeth II

Das agências

George Alexander Louis. Esse é o nome escolhido por William e Kate para o pequeno príncipe de Cambridge, que nasceu na segunda-feira. Seis reis anteriores se chamaram George – inclusive o pai da rainha Elizabeth II.

O nome era o favorito nas casas de aposta do Reino Unido e o anúncio veio dois dias depois do nascimento, mais rápido que o esperado.

A rainha Elizabeth II demorou um mês para tornar público o nome do príncipe Charles, enquanto a princesa Diana só anunciou o de William uma semana após seu nascimento.

O bebê real foi levado para a casa dos pais de Kate ontem em Bucklebury. Ele passou a primeira noite fora do hospital no Palácio de Kensington, em Londres, onde recebeu uma visita relâmpago da rainha.

George veio ao mundo pesando 3,8 kg, nasceu na segunda-feira às 16h24 de Londres (12h24 no horário de Brasília) e é o terceiro herdeiro na linha de sucessão ao trono do Reino Unido, atrás do avô Charles e do pai William.

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Realeza

O nome do bebê real é George Alexander Louis, ou sua alteza real, o príncipe George de Cambridge.

Os reis George

George I - 1714 a 1727 – Nasceu no Sacro Império Romano Germânico, tinha pouca fluência no inglês

George II - 1727 a 1760 – Rei à época da 1ª Revolução Industrial

George III - 1760 a 1820 – Perdeu as colônias americanas, ficou louco no fim da vida

George IV - 1820 a 1830 – Extravagante, reformou o castelo de Windsor e o Palácio de Buckingham

George V - 1910 a 1936 – Enfrentou turbulências e transformações políticas

George VI - 1936 a 1952 – Pai da rainha Elizabeth e personagem do filme O Discurso do Rei

Fonte: Folhapress

George

Pai da rainha Elizabeth II, George VI, e nome de outros cinco monarcas britânicos

Alexander

Alexandra é o segundo nome da rainha Elizabeth

Louis

Nome do meio de seu pai, William, o Duque de Cambridge

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A atenção dispensada pela mídia e pelo público, dentro e fora do Reino Unido, ao nascimento de George Alexander Louis, o príncipe de Cambridge, filho de William e Kate, é injustificável para os críticos da realeza britânica.

O jornal inglês The Guardian, como exemplo da divisão de opiniões, deixa que o leitor que acessa o diário na internet escolha: clicando em "monarquista", a página aparece com uma quantidade intimidante de notícias sobre o bebê real; clicando em "republicano", tudo que envolve a coroa é eliminado da vista.

Para o professor de História Contemporânea Wilson Maske, da Pontifícia Univer­sidade Católica do Paraná, os críticos da coroa ignoram o retorno que ela dá à nação. Inclusive financeiro.

Na entrevista a seguir, feita por telefone, Maske fala sobre a relevância da monarquia britânica e do fascínio que ela suscita.

Como você explica a comoção gerada pelo nascimento do bebê real?

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Tem muito a ver com o fato de o Reino Unido ser a última grande monarquia. Muitos Estados se transformaram em repúblicas e não existe mais esse elemento de sonho, de encantamento que a monarquia desperta. A monarquia britânica, em especial, alimenta isso, cultuando a tradição. A família real mostra uma capacidade de se modernizar sem abandonar a tradição.

Qual é a relevância hoje da coroa para a Grã-Bretanha?

Ela representa a continuidade. É uma instituição numa época em que os jogos políticos parecem tão perigosos, em que os políticos têm má fama. A instituição monárquica da Grã-Bretanha sabe se manter, assumindo uma postura, digamos, de liderança, com um alto índice de aprovação – que ocorre principalmente porque não governa. Eles são símbolos que representam tradições muitas vezes inventadas, mas que sintetizam a nação.

Qual é o papel da rainha Elizabeth II?

Enquanto um primeiro-ministro se expõe com políticas que influenciam a administração do dia a dia, o monarca britânico assume esse papel cerimonial, um papel realmente importante de liderança moral. Ao mesmo tempo em que preserva essa unidade do país, o monarca escapa do desgosto do cotidiano, da administração pública que muitas vezes vai contra interesses de determinados grupos, ou que se alia a determinados outros. Todos os primeiros-ministros dos últimos anos se queimaram de alguma forma.

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Há críticos que dizem que a familia real é um peso para a Inglaterra. Isso é verdade?

Realmente, existe um gasto de cerca de 40 milhões de libras anuais [R$ 137,6 milhões na cotação de ontem]. No entanto, alguns defensores dizem que, em função da popularidade deles, do interesse que despertam no mundo todo, a figura da família real acaba atraindo recursos para o Reino Unido. Com turismo, com atividades realizadas em torno da família real – como exposições, visitas aos sítios reais, aos palácios... A família real atrai muito mais dinheiro do que gasta.

Existe um retorno que muitas vezes não é mensurado por quem critica. O interessante neles é essa capacidade de se reinventar e de se modernizar, ao mesmo tempo mantendo uma certa tradição.