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Hayat Boumeddiene com o companheiro, Amedy Coulibaly, | Reuters / Polícia da França
Hayat Boumeddiene com o companheiro, Amedy Coulibaly,| Foto: Reuters / Polícia da França

França já prendeu 13 suspeitos de envolvimento com ataques

A polícia francesa prendeu até agora 13 pessoas suspeitas de terem envolvimento com os três atentados registrados esta semana na França, que deixaram 17 mortos - sem contar os três terroristas.

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Coulibaly obedecia ao Estado Islâmico e tinha ligação com irmãos Kouachi

O sequestrador de um supermercado judaico de Paris, Amedy Coulibaly, disse à emissora de televisão BFMTV antes de morrer em uma operação da polícia que "obedecia ao califa do Estado Islâmico", Abu Bakr al Bagdadi, e que atuou em conjunto com os irmãos Kouachi, suspeitos de serem os autores do ataque contra o Charles Hedbo. "Não estivemos em contato (após começaram os crimes). Só nos coordenamos no início, eles com o Charlie Hebdo e eu com os policiais", explicou Coulibaly pare o canal, que só divulgou as imagens após a morte dos terroristas. O jihadista assassinou uma policial em Montrouge, no sul de Paris, e nessa sexta tomou durante cerca de duas horas vários reféns no supermercado Hyper Cacher.

Chérif Kouachi, o menor dos dois irmãos que atacaram na quarta-feira o Charlie Hebdo, disse à BFMTV da fábrica onde se refugiaram ao fugir da polícia que recebeu ordens e financiamento da Al Qaeda no Iêmen. O extremista afirmou ainda que foi treinado pelo imã Anwar al Awlaki, americano assassinado em setembro de 2011 em um ataque aéreo de drones americanos no Iêmen.

Hollande realiza reunião de emergência para discutir segurança nacional

O presidente da França, François Hollande, realizou uma reunião de emergência para discutir a segurança nacional e frustrar possíveis novos ataques terroristas nos arredores de Paris, orquestrados por militantes da Al-Qaeda no Iêmen. Nesta semana, atentados realizados por quatro suspeitos deixaram 20 mortos na sede do jornal Charlie Hebdo, em um supermercado kosher e em uma gráfica.

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A polícia francesa procura neste sábado por Hayat Boummedienne, de 26 anos, que seria cúmplice dos recentes atentados na região de Paris e a única suspeita que continua viva - depois da morte ontem dos dois autores do massacre da Charlie Hebdo e do homem que fez reféns em um supermercado.

Hayat era esposa de Amedy Coulibaly, de 32 anos, que ontem manteve 15 reféns em um supermercado de Paris, e também amiga do mais novo dos irmãos Saïd e Chérif Kouachi, os dois jihadistas responsáveis pelo massacre de quarta-feira na revista francesa.

Ela é considerada, junto de Coulibaly, autora material do assassinato a tiros na quinta-feira em Paris de uma policial municipal francesa.

"Podem estar armados e são perigosos", assinalou a polícia francesa ontem ao emitir um alerta sobre o casal, antes de Coulibaly ser abatido pelas forças de elite no supermercado "Hyper Cacher", onde tinha rendido 15 pessoas.

Também foram abatidos ontem Saïd e Chérif Kouachi após três dias de frenética perseguição, em uma gráfica de Dammartin, no nordeste de Paris, onde haviam se entrincheirado.

Mulheres de suspeitos de atentados na França trocaram mais de 500 ligações

A mulher de Chérif Kouachi, um dos suspeitos do atentado ao jornal "Charlie Hebdo", e Hayat Boumeddiene, companheira de Amedy Coulibaly, suspeito do tiroteio em Montrouge e responsável pela tomada de reféns supermercado kosher em Paris, trocaram mais de 500 ligações em 2014, afirma o promotor da capital francesa, François Molin.

A mulher de Chérif também teria contado a investigadores que seu marido e Coulibaly se conheciam muito bem.

Perfil de Hayat Boummedienne

O rosto de Hayat tornou-se conhecido quando a polícia francesa divulgou sua foto ao lado de Coilibaly. O texto acompanhado das imagens indicava que eles estavam armados e eram perigosos.Muçulmana radical, ela usa o niqab (véu integral) desde 2009, o que fez com que tivesse de deixar seu emprego como caixa.

Depois, se casou religiosamente - mas não civilmente -, com Coulibaly. Hayat Boumeddiene nasceu em junho de 1988 em Villers-sur-Marne, numa família com sete filhos e de ascendência argelina. Ela perdeu sua mãe em 1994.

Seu pai não podia cuidar da família e ela ficou sob os cuidados dos serviços sociais franceses em 1996, segundo o jornal "Le Parisien".

Ela era mais religiosa do que seu companheiro: "ele só quer se divertir e não é muito religioso", disse numa ocasião. Também já declarava que ele desejava ter uma segunda esposa

Hayat pretendia viver num país árabe, para melhorar suas habilidades na vertente literária do idioma. Acompanhada de Coulibaly, viajou para Meca há cerca de um ano. Foi quando voltou a manter contato com seu pai, Mohammed, também segundo o "Le Parisien".

Interrogado pela polícia, o pai disse estar "em choque" e não conseguir acreditar que sua filha esteja ligada aos ataques de Paris.

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