![Cúpula do Mercosul termina com “compromisso” por acordo com a UE sem assinatura do Uruguai Presidentes do Mercosul (os quatro últimos à direita) posam para fotos em frente às Cataratas do Iguaçu ao lado do presidente da Bolívia, Luis Arce, e do presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña](https://media.gazetadopovo.com.br/2023/07/04182802/5df373160b8bd8705b405e524a8258e0ea637106w-960x540.jpg)
O Mercosul reafirmou nesta terça-feira (4), no documento final de uma cúpula realizada na cidade argentina de Puerto Iguazú, seu “compromisso” de chegar a um acordo de livre-comércio com a União Europeia (UE) que seja benéfico para ambas as partes.
Após a cúpula de chefes de Estado, o bloco reiterou “o compromisso de avançar para a imediata assinatura do Acordo de Associação com a UE em benefício de todas as partes e que considere seus diferentes níveis de desenvolvimento”.
A declaração conjunta leva as assinaturas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus homólogos da Argentina, Alberto Fernández, e do Paraguai, Mario Abdo Benítez, mas não do Uruguai, Luis Lacalle Pou, que, embora apoie as negociações com a UE, questiona outros aspectos do estado atual do processo de integração do Mercosul.
Os líderes signatários da declaração “destacaram os trabalhos realizados” no último semestre, em particular a reunião de chefes negociadores Mercosul-UE, realizada em Buenos Aires em março, e a reunião de chefes negociadores suplentes realizada em 15 de junho, “que permitiram abordar questões pendentes e manter uma discussão franca sobre as aspirações e prioridades de cada um dos blocos”.
Após duas décadas de negociações, a UE e o Mercosul chegaram a um acordo político geral em 2019, mas desde então as negociações estão praticamente paralisadas por divergências entre as partes.
Entre outras questões, os europeus levantaram no último mês de fevereiro novas reivindicações em questões ambientais que os sul-americanos rechaçam.
Na declaração conjunta, os dirigentes reiteraram “sua preocupação com a evolução de iniciativas legislativas que possam levar a medidas restritivas ao comércio que afetem as exportações agrícolas do Mercosul e alterem unilateralmente o equilíbrio dos termos do acordo concluído em princípio em 2019 entre o Mercosul e a UE”.
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