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África

Cúpula não rende o que o Brasil esperava

Abuja, Nigéria – A primeira cúpula África-América do Sul terminou ontem esvaziada, já que faltaram alguns dos principais presidentes sul-americanos, e com poucas medidas concretas. Apesar disso, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e os líderes que estiveram presentes consideraram o evento como um passo importante para a definição de políticas conjuntas entre os dois continentes. A cúpula foi encerrada ontem com um documento abrangente e pouco incisivo.

O maior interesse do Brasil, a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, consta do texto, mas não como o país desejaria. Africanos e sul-americanos colocaram no documento a necessidade de reforma da ONU, mas não deixaram claro que desejam novos membros permanentes no Conselho, como pleiteia o Brasil: o ponto ficou "subentendido", dizem diplomatas brasileiros.

Lula e presidente da Bolívia, Evo Morales, foram os maiores destaques sul-americanos. Além deles, compareceram Equador, Suriname Guiana e Paraguai – os dois últimos, graças a uma "carona" do Brasil de avião.

Dos líderes sul-americanos de maior peso, não foram a Abuja: Hugo Chávez (Venezuela), às voltas com sua reeleição, Néstor Kirchner (Argentina), Tabaré Vasquez (Uruguai) e Michelle Bachelet (Chile).

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