O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, é recebido por um oficial militar ucraniano, o vice-chefe do Protocolo Suíço, Manuel Irman, e a embaixadora ucraniana na Suíça, Iryna Venediktova, ao chegar ao aeroporto de Zurique| Foto: Michael Buholzer/Pool via REUTERS
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Diversos líderes mundiais deverão se reunir durante este final de semana com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Suíça, visando explorar as diversas formas de encerrar o conflito em curso no leste europeu, visto como o mais mortal da continente desde a Segunda Guerra Mundial.

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A reunião, que não contará com a presença da Rússia, ocorrerá no resort montanhoso suíço de Buergenstock, durante este sábado (15) e este domingo (16). A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, o presidente francês, Emmanuel Macron, e os líderes de Alemanha, Itália, Reino Unido, Canadá e Japão estão entre aqueles que participarão do encontro.

A Índia, que ajudou Moscou a sobreviver aos choques de sanções econômicas, deve enviar uma delegação ao encontro. A Turquia e a Hungria, que também mantêm laços cordiais com a Rússia, serão representados pelos seus ministros das Relações Exteriores. 

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Apesar de sua importância, o evento deverá ficar aquém do objetivo de Kiev de isolar Moscou.

Apesar de meses de intenso lobby da Ucrânia e da Suíça, alguns países não estarão presentes na cúpula, principalmente a China, importante consumidor de petróleo russo e fornecedor de bens que ajudam Moscou a manter sua base industrial bélica, principalmente chips, segundo a OTAN e os EUA.

"Esse encontro já é um resultado", disse Zelensky em Berlim na terça-feira (11), reconhecendo o desafio de manter o apoio internacional, agora que a guerra avança para seu terceiro ano.

Segundo a Suíça, juntando os citados, 92 países e oito organizações participarão do encontro. Os organizadores, que preparam um comunicado conjunto, têm tido dificuldade para encontrar um equilíbrio entre condenar as ações da Rússia e assegurar a maior quantidade possível de participantes, afirmam diplomatas, conforme a agência Reuters.

Um esboço final da declaração do encontro refere-se à "guerra" da Rússia contra a Ucrânia, e também salienta o compromisso com a carta da Organização das Nações Unidas (ONU) e o respeito às leis internacionais, segundo duas pessoas próximas ao assunto, citadas pela Reuters.   

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Participantes que não estejam de acordo com a declaração têm até o fim desta sexta-feira (14) para retirarem seus nomes, disseram as fontes à agência. O Ministério das Relações Exteriores da Suíça se negou a comentar o tema.   

A Suíça quer que o encontro sirva de preparação para um "futuro processo de paz" do qual a Rússia participe, e que determine qual país poderá assumir a próxima fase.

Diplomatas afirmam que a Arábia Saudita está entre os favoritos, e Zelensky visitou o país nesta quarta-feira (12) para discutir o tema com o príncipe-herdeiro Mohammed bin Salman.

O ditador russo, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira que a Rússia poderá implementar um cessar-fogo se a Ucrânia “descartar sua ambição de se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e retirar suas tropas das regiões ucranianas reivindicadas por Moscou”.

Kiev, no entanto, tem reiterado que sua integridade territorial é “inegociável”. A Rússia, que enviou dezenas de milhares de soldados à Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, descreveu a ideia de um encontro para o qual não foi convidada como "fútil". China e o Brasil têm pressionado por um plano de paz que tenha a participação de “ambos os lados”. Moscou disse apoiar os esforços de Pequim para encerrar o conflito.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]