O co-presidente do pró-curdo Partido Democrático, Selahattin Demirtas, solicitou ao governo turco que entregue armas à guerrilha do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) para conter os jihadistas do Estado Islâmico (EI), segundo o jornal Hürriyet.

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"O PKK está lutando contra o EI. A Turquia deveria considerar o que fazer se o PKK lhe pede armas. Pode soar estranho, mas por que não dar armas ao PKK se a paz chegar e o PKK deixar de usá-las contra a Turquia e lutar contra o EI?", diz Demirtas nessa conversa.

O PKK e o Governo turco abriram em março de 2013 um processo de paz para acabar com os 30 anos de luta da guerrilha curda para conseguir mais direitos para esta minoria.

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Esta guerrilha se somou aos grupos de curdos iraquianos e sírios que enfrentam as milícias jihadistas no Iraque e na Síria.

A ala juvenil do PKK assegurou inclusive que neutralizou uma célula do EI em Istambul, ferindo dois de seus membros e matando um terceiro.

A oposição turca acusou o governo de ter tolerado durante muito tempo as atividades do EI em seu território e de havê-la apoiado logisticamente em sua luta contra o presidente sírio, Bashar al Assad.

Milicianos do EI atacaram há três meses o Consulado turco na cidade iraquiana de Mossul e mantém sequestrados desde então 49 membros da delegação e seus familiares.

Embora o governo tenha assegurado na segunda-feira que os cidadãos turcos estejam bem e que seu paradeiro é conhecido, as famílias se queixaram de não receber nenhum tipo de informação sobre a situação de seus parentes.

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