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Drama

Curitibana quer voltar a Nova Orleans em breve

Curitiba – A publicitária curitibana Mônica Vassão, de 25 anos, que sobreviveu ao desastre causado pelo furacão Katrina em Nova Orleans, chegou ontem a Curitiba com muita disposição para ajudar as vítimas do desastre.

Mônica ficará poucos dias em casa. Vai retornar aos EUA no próximo dia 24 para concluir a pós-graduação em Desing na Penn Valley Community Colllege, no Kansas. "Antes pretendo voltar a Nova Orleans para ajudar as vítimas. Fiquei mais solidária ao ver milhares de pessoas perdendo tudo o que tinham."

Na chegada no Aeroporto Afonso Pena, ontem, Mônica reencontrou a irmã Sue Hellen, a avó Gertudres e o sobrinho Mateus. "Acordei de um pesadelo. É uma sensação indescritível rever a família depois de momentos tão difíceis."

Mônica, que voltou ao Brasil no dia 11 e esteve em São Paulo com os pais até ontem, lançou a campanha New Orleans Live – Movimento Solidário. Ela mesma criou a logomarca da campanha que consiste na venda de camisetas a R$ 15 cada. "Parte do lucro será enviada ao Exército da Salvação de Nova Orleans."

A jovem se sente mais forte depois de ter lutado por sua sobrevivência nos cinco dias após a passagem do furacão Katrina. Nas horas difíceis, principalmente quando ficou abrigada no estádio Superdome, também contou com a sua amiga, a mineira Letícia Figueiredo. As duas se conheceram no Kansas e como estavam em férias resolveram viajar pelos EUA. Antes de ir a Nova Orleans, passaram pela Flórida. "O pessoal de Nova Orleans nos disse que não era preciso se preocupar com o furacão e acreditamos." Mônica conta que teve muito medo de morrer. "Cheguei a ligar para a minha mãe para me despedir."

Diante do caos no Superdome, sem comida nem água, o que mais chocou Mônica foi saber que crianças e mulheres estavam sendo violentadas. "É difícil entender uma situação dessas."

Mônica acredita ter tido sorte ao ter se agrupado a outros 113 estrangeiros que estavam no Superdome. "Os cidadãos norte-americanos nos discriminaram, mas os soldados nos orientavam a não andar sozinhas pelo estádio." O governo Bush tomou as medidas erradas. "Acharam que as pessoas estavam seguras no Superdome. Maquiaram muito a situação caótica que vivíamos ali."

Serviço: As camisetas podem ser adquiridas pelo telefone (41) 3014-0916.

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