Curitibanas nos EUA aderem ao “obamismo”

A curitibana Melissa Nascimento Mroczkowski, que mora nos Estados Unidos há sete anos, não esconde a satisfação em saber que Barack Obama será o próximo presidente do país que escolheu para morar. Passando pelas últimas semanas da gravidez de gêmeos, ela identifica no democrata a imagem da mudança para um futuro melhor. "A cidade está em um clima bom, dá a impressão de que tudo vai mudar. Ele é o primeiro presidente negro, e vem com a promessa de unir ricos com pobres, brancos com negros, unir as religiões... fazer um país com a participação de todo mundo. Estou ansiosa por isso", disse.

Melissa, que deixou o Brasil para estudar na América do Norte, fala com a experiência de imigrante que chegou ao país logo depois do atentado de 11 de setembro, em 2001. "Sete anos depois, é bom ver que esse país está aberto à mudança", avalia.

Apesar de o estado onde ela mora, Utah, ser predominantemente republicano, ela foi taxativa: "a maioria das pessoas que conheço são pró-Obama", ressaltou. Utah detém cinco dos 538 votos dos EUA, e os votos populares no estado deram 34% para Obama e 63% para McCain, segundo o Real Clear Politics. Em Utah, o sistema eleitoral adotou urnas eletrônicas parecidas com as do Brasil.

Caroline, irmã de Melissa, conseguiu completar o processo de cidadania norte-americana há seis meses, a tempo de engrossar a fileira de obamistas. Também moradora de Utah, ela votou antecipadamente para visitar no Arizona a outra integrante da família Nascimento, Juliana, que acabou de ter um bebê. Com a família aumentando, ela também reforçou a idéia de esperança de um futuro melhor propagada pelo democrata. "Estava todo mundo esperando essa vitória. O Obama trouxe uma expectativa muito grande de que vai investir em coisas boas", disse Caroline.