Já estão no Chile os três curitibanos e um comerciante paulista que ficaram retidos entre terça-feira e a manhã de quarta em uma manifestação de trabalhadores de mineradoras, dentro de uma camionete, na estrada que liga Potosí, no sudoeste da Bolívia, ao salar de Uyuni, local que visitavam com cerca de 90 estrangeiros.
"Meu filho contou que a experiência não foi tão difícil para eles quanto para os outros estrangeiros, que ficaram mais assustados", conta Regina Ruiz, que conversou com o filho Diogo dos Reis Ruiz assim que ele reentrou em território chileno. "Os estrangeiros não estão acostumados a ver pessoas com foices e pedras em volta do carro", conta Regina, comparando o "estilo" dos manifestantes ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra brasileiro.
Após a liberação, o grupo cruzou a fronteira com o Chile às 13 h de ontem ao contrário do informado pelo Itamaraty, que anunciou que o grupo estaria em território chileno já na noite de quarta-feira.
O grupo passou a noite em Antofagasta e deve chegar hoje a Santiago, capital do Chile. Diogo, que trabalha com marketing no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, e o amigo Marcos De Antoni Tosin, que trabalha na empresa de consultoria KPMG, também em Curitiba, seguem no domingo de Santiago para Miami, onde Regina os encontrará.
Já o irmão de Marcos, Bruno (que é tenente em Palmas), e o pai de Diogo, o comerciante Herotides Ruiz Arruda, voltam a Curitiba, também no domingo.
As famílias viveram horas de tensão até falar com o grupo, na quarta-feira.
"Graças a Deus, pudemos nos comunicar com eles. Ter notícias foi a maior felicidade", conta Rosmari Tosin, mãe de Marcos e Bruno.