A British Petroleum (BP) informou hoje que o custo de sua resposta ao vazamento de petróleo no Golfo do México já soma US$ 1,6 bilhão. Além disso, 51 mil pedidos de indenização devido ao acidente foram submetidos à empresa até agora. O montante inclui os custos de combate ao vazamento, contenção, perfuração de poços de alívio, subvenção para os Estados norte-americanos do Golfo, sinistros pagos e custos federais.

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O conselho de diretores da BP se reunirá hoje para discutir se a companhia pagará, aos acionistas, todo o dividendo referente ao segundo trimestre. No entanto, nenhuma decisão é esperada da reunião. A BP tem sofrido enorme pressão para suspender o pagamento dos dividendos, uma vez que o poço continua a vazar petróleo no Golfo do México.

Congressistas norte-americanos pediram que a BP interrompesse os pagamentos dos dividendos até que a crise terminasse. Eles expressaram preocupação de que a companhia não será capaz de cumprir todas as compensações e os custos da limpeza, se continuar a pagar US$ 0,56 por ação aos acionistas. No entanto, a companhia diz que tem capacidade financeira para cumprir com todos os custos do vazamento e com os pedidos de indenização.

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A maioria dos analistas acredita que a BP será capaz de honrar esses compromissos e continuar a pagar dividendos. Mas eles reconhecem que poderá ser necessário reduzir ou suspender brevemente os pagamentos, para acalmar os políticos norte-americanos. Na semana passada, o chefe-executivo da BP, Tony Hayward, afirmou ao "Wall Street Journal" que o conselho de administração pode cortar ou adiar o dividendo referente ao segundo trimestre, programado para ser anunciado em 27 de julho.

Até agora, a BP pagou mais que 26,5 mil pedidos de indenização, o equivalente a US$ 62 milhões. No entanto, a BP disse que é muito cedo para quantificar outros custos potenciais e obrigações associadas ao acidente. Desde o início do vazamento, a BP perdeu cerca de 40% do seu valor de mercado, com os investidores se desfazendo de ações da companhia.

Novo plano

A BP apresentou ontem um novo plano para a Guarda Costeira dos Estados Unidos para capturar, até meados de julho, entre 40 mil e 50 mil barris por dia do petróleo que está vazando no Golfo do México. O plano responde a um ultimato do governo dos EUA para que a companhia divulgasse uma nova estratégia.

O plano, que envolverá acréscimo no número de navios e conectores capazes de capturar petróleo, também permitirá que a BP responda com maior eficiência a eventuais problemas, caso a região seja atingida por furacões, como é esperado nesta época do ano.

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A BP está atualmente capturando cerca de 15 mil barris de petróleo ao dia do poço com vazamento, próximo à capacidade do atual método aplicado de captura do petróleo. No sábado, foi divulgada uma carta da Guarda Costeira dos EUA dando à petroleira dois dias de prazo para que ela apresentasse um plano mais agressivo para conter a mancha de petróleo. As informações são da Dow Jones.