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Sem restrições: no Brasil, dançar em público é ato liberado pela lei | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Sem restrições: no Brasil, dançar em público é ato liberado pela lei| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Parece o enredo do clássico “Footlose”, filme de 1984 estrelado por Kevin Beacon que mostra uma cidade onde é proibido dançar. Mas, em alguns países, existe mesmo legislação que proíbe o ato de balançar o corpo ao som de música publicamente e até em boates. 

E não são apenas locais regidos por interpretações religiosas extremas. Há até destinos ocidentais bem turísticos. Antes de se preparar para curtir uma balada neste fim de semana, confira esta curiosa lista

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Japão

O país baniu a dança em locais públicos (a não ser quando o evento tem autorização específica) e em boates (após a meia-noite) em 1948, como forma de diminuir a criminalidade e a prostituição. No fim do século, porém, as autoridades fecharam os olhos para as festas após a meia-noite, assim como para as danceterias ilegais. A aplicação da lei ressurgiu com força no começo dos anos 2000, após escândalos com celebridades locais bêbadas e aumento da violência.

Em junho deste ano, no entanto, um reforma na lei derrubou a proibição de dança em boates após meia-noite. Mas ela só entrará em vigor no ano que vem, como noticiou o jornal inglês “The Independent”.

Suécia

Soa até inusitado, mas a super desenvolvida Suécia mantém uma lei que proíbe danças em público (sem autorização) e pune, inclusive, o ato de “mover o pé” ao som de uma música. Da mesma forma, os bares e clubes precisam de licenças para a atividade.

Segundo as autoridades, citadas por reportagem recente do jornal “The Daily Mail”, as danças descontroladas podem levar ao “caos”.

Embora essa legislação não seja aplicada com tanto rigor, ela é fonte de constante mal-estar entre donos de danceterias e políticos que a defendem. Não são raros protestos com milhares de suecos dançando “ilegalmente” nas ruas do país europeu.

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Irã

Após a revolução, que instituiu a República Islâmica do Irã (um regime teocrático autoritário), a dança é proibida no país. As baladas ficam só no imaginário dos jovens iranianos, já que foram fechadas em 1979.

Para burlar a lei, como contra uma reportagem recente da rede de notícias alemã “Deutsche Welle”, muitos optam pelos “ônibus-discoteca”, um novo e promissor negócio no país, mas que também é ilegal -- são viagens de ônibus com música e onde balançar o corpo é permitido, desde que a polícia não pare o veículo.

A regulamentação contrasta com a história cultural iraniana, que até a revolução tinha uma das companhias de balé mais respeitadas do mundo.

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Afeganistão

Segundo o “The Huffington Post”, ouvir música ou dançar podem custar a vida dos afegãos, graças à interpretação radical do Islamismo aplicada por grupos como o Talibã, que disputa o poder no país e aplica penas capitais à revelia. As mulheres, principalmente, são vigiadas e punidas ao menor sinal do “movimento impróprio”.  

Alemanha

Há uma regulamentação nacional que proíbe as danças em público e em boates durante o feriado de Páscoa. Segundo as autoridades locais, é uma ação para que se respeite o significado religioso da data.

Porém, cada um dos 16 estados a aplica de forma diferente: enquanto alguns lugares proíbem até a reprodução de música; cidades como a capital Berlim praticamente não muda a sua agitada vida noturna por conta dela.

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