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Membros de um navio filipino participam das buscas a pistas de avião desaparecido da Malaysia Airlines nesta sexta-feira | REUTERS / PS-36 Philippine Navy / Divulgação
Membros de um navio filipino participam das buscas a pistas de avião desaparecido da Malaysia Airlines nesta sexta-feira| Foto: REUTERS / PS-36 Philippine Navy / Divulgação

Vietnã reduz buscas

O Vietnã reduziu as buscas pelo avião da Malaysia Airlines que desapareceu no último fim de semana e anunciou que recebeu um pedido das autoridades da Malásia para considerar enviar aviões e navios para o Estreito de Malaca. O porta-voz da equipe de buscas do Vietnã, Nguyen Ngoc Son, afirmou que o status da busca mudou de emergência para regular.

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Dados de radar militar indicam que o avião da Malaysia Airlines desaparecido há quase uma semana voou deliberadamente por centenas de quilômetros fora da rota, aumentando a suspeita entre os investigadores de um ato criminoso, disseram fontes familiarizadas com a situação nesta sexta-feira (14) à Reuters. Duas fontes afirmaram que uma aeronave não identificada -- mas que os investigadores suspeitam que fosse o voo MH370 -- seguiu uma rota entre dois pontos de balizamento definidos, o que sugere que estava sendo pilotada por alguém com formação em aviação. Esse aparelho foi detectado por um radar militar pela última vez na costa noroeste da Malásia.

O deslocamento da aeronave mostra que viajava na direção das ilhas Andaman, um arquipélago pertencente à Índia, entre o mar de Andaman e a baía de Bengala, segundo essas fontes. Uma terceira fonte disse que as investigações se focam cada vez mais na teoria de que alguém que sabia pilotar um avião o desviou deliberadamente da rota entre Kuala Lumpur e Pequim.

No sábado completa uma semana que o avião, um Boeing 777, desapareceu com 239 pessoas a bordo. Uma grande operação multinacional de buscas ainda não localizou nenhum vestígio do aparelho. As fontes ouvidas pela Reuters disseram que, à luz das novas informações, as buscas serão ampliadas no mar de Andaman e em outras partes do oceano Índico. "O que podemos dizer é que estamos examinando uma sabotagem, sendo que um sequestro ainda está nas cartas", disse uma fonte, que é um agente graduado da polícia da Malásia.

As três fontes exigiram anonimato, porque não estão autorizadas a falar publicamente sobre as investigações. O Ministério do Transporte, que oficialmente centraliza informações sobre a investigação, não atendeu aos pedidos da Reuters para se pronunciar.

Inicialmente as autoridades malaias descartaram uma sabotagem no desaparecimento do voo MH370, mas as informações obtidas pela Reuters indicam pela primeira vez que a hipótese criminal se tornou o principal foco.

Último sinal

O desaparecimento do Boeing já se tornou um dos maiores mistérios na história moderna da aviação. O avião foi visto pela última vez nos radares civis pouco antes de 1h30 de sábado passado (horário local), menos de uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur. Nesse momento, a aeronave voava para nordeste, na direção de Pequim, passando sobre a entrada do golfo da Tailândia, perto da costa leste da Malásia.

Mas, na quarta-feira (12), o comandante da Força Aérea malaia disse que o avião foi observado por um radar militar, às 2h15, num ponto 320 quilômetros a noroeste da ilha de Penang, na costa oeste da Malásia. Essa posição marca o limite da cobertura do radar militar da Malásia, segundo uma quarta fonte familiarizada com a investigação ouvida pela Reuters.

Em entrevista coletiva na quinta-feira, o ministro do Transporte, Hishammuddin Hussein, disse que o alcance dos radares militares do país é uma "questão delicada", que não seria divulgada publicamente. "Mesmo que (a cobertura) não existe além disso, podemos ter a cooperação de países vizinhos", afirmou.

O fato de o avião --se fosse mesmo o MH370-- ter perdido contato com o controle de tráfego e estar invisível para os radares civis sugere que alguém a bordo desligou os sistemas de comunicação, segundo as primeiras duas fontes.

Elas também deram mais detalhes sobre a direção assumida pelo avião não identificado, acompanhando corredores de aviação que constam nos mapas de pilotagem sob os códigos N571 e P628. Essas rotas são percorridas por aviões comerciais que viajam do Sudeste Asiático para o Oriente Médio e a Europa, e podem ser encontradas em documentos públicos divulgados por autoridades regionais de aviação.

Numa descrição bem mais detalhada do que havia sido divulgada até agora sobre a localização do avião nos radares militares, as fontes disseram que a última posição confirmada do MH370 foi a 35 mil pés de altitude, a cerca de 90 milhas (144 quilômetros) da costa leste da Malásia, na direção do Vietnã -- um ponto de navegação chamado "Igari". Isso foi à 1h21 de sábado.

O monitoramento militar sugere que o avião fez uma brusca curva para oeste, na direção de um ponto chamado "Vampi", a nordeste da ilha indonésia de Sumatra. Esse ponto é usado como referência para aviões na rota N571, que vai para o Oriente Médio.

De lá, o radar indica que o avião se dirigiu a um ponto chamado "Gival", ao sul da ilha tailandesa de Phuket, e foi visto pela última vez indo para noroeste, na direção do ponto "Igrex", que fica na direção das ilhas Andaman e é usado na rota P628, para a Europa.

Ele passou por esse ponto às 2h15 -- a mesma hora citada na quarta-feira pelo comandante da Força Aérea, que não deu informações sobre qual era a possível direção do avião. As fontes disseram que a Malásia está solicitando dados brutos dos radares das vizinhas Tailândia, Indonésia e Índia, que possui uma base naval nas Andaman.

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