A queda do helicóptero que levava o ex-general e candidato à Presidência do Paraguai, Lino Oviedo, pode ter sido provocada por uma tempestade com fortes ventos na noite de sábado (2), segundo autoridades da Força Aérea do Paraguai e a Direção Geral de Meteorologia do país. Em entrevista ao diário "Última Hora", o diretor do órgão de observação, José Fariña
"Havia núcleos e áreas de tormenta dispersas. Não era um sistema de tempestade organizado grande. Havia núcleos por toda a área de San Pedro, Concepción e Presidente Hayes. Isso produz dentro das nuvens correntes de vento muito fortes", afirmou o cientista.
O general Fernando Noldin, ex-comandante da Brigada Aérea da Força Aérea Paraguaia, disse ao jornal que descartava a possibilidade de um atentado.
"Algumas pessoas falam na possibilidade de um atentado. Isso nunca poderia ser. Eles saíram de Horqueta, que está na radial 22, 23 do aeroporto de Assunção. O acidente ocorreu em outra radial, o que quer dizer que a aeronave não estava em sua rota. O mais provável é que tenha encontrado algumas nuvens e começado a abaixar, subir e abaixar", disse o militar.
O "Última Hora" também consultou o piloto de avião Lino Paniagua, com 25 anos de experiência em voos no país. Ele passou pela zona onde o helicóptero caiu na noite de sábado e disse que a região estava conturbada.
"Creio que a natureza contribuiu muito. Essa zona estava com formações de tormenta. Isso prejudica qualquer voo. Creio que a explicação vai por esse caminho. Nós passamos por lá com muita turbulência. Um helicóptero desse tamanho é um papel no ar", comentou.
Tanto Paniagua como Noldin reforçaram que é necessário saber qual a razão do grupo de Oviedo ter decidido viajar durante a noite e com tais condições de tempo. O piloto ressaltou que os fatores podem ser vários, como "pressão, ordem ou necessidade de voltar para casa".