O Dalai Lama descartou neste domingo a idéia de aposentadoria e reafirmou seu apoio aos exilados tibetanos na sua abordagem da China seguindo o "Caminho do Meio" (conceito budista que implica uma visão moderada).
O líder espiritual tibetano disse que novas opções políticas em relação à China poderiam ser consideradas no futuro.
Suas declarações surgiram um dia depois de exilados tibetanos decidirem em um encontro de seis dias manter a abordagem "Caminho do Meio", depois que a falta de progresso nas conversações sobre autonomia frustraram o Dalai Lama e o levaram a pedir uma revisão de sua posição.
O líder, de 73 anos, disse em uma entrevista coletiva à imprensa que não vai aposentar-se, pondo fim a especulações sobre seu futuro depois de ter sido hospitalizado com dores abdominais no começo deste ano.
"Não tem sentido, não existe a questão da aposentadoria", disse ele.
"É minha responsabilidade moral trabalhar pela causa tibetana até a minha morte".
Ele disse que o sucesso só pode ser alcançado pela não violência.
A abordagem "Caminho do Meio", do Dalai Lama, abandonou o sonho de um Tibete independente em favor da busca de maior autonomia para a região dentro da China, por meio do diálogo.
"A independência total não é viável", acrescentou o líder espiritual.
"A maioria dos pontos de vista foram em favor da linha do Caminho do Meio na questão tibetana ... que é a correta", disse o líder espiritual tibetano no encontro dos exilados no norte da Índia.
"Em relação ao encontro, posso dizer que não se esperavam coisas concretas. Contudo, surgiram várias opções. Isto não é uma coisa que decidimos no momento". "Esperem um outro mês e então conversaremos".
Os exilados tibetanos realizaram um encontro de seis dias esta semana na cidade himalaia de Dharamsala, no norte da Índia, onde fica o governo tibetano no exílio.
"Minha fé no governo chinês está ficando mais fraca... Minha confiança no público chinês é forte", disse o Dalai Lama.
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