O Dalai Lama disse nesta sexta-feira, em Roma, após o encontro com o Papa Bento XVI, que alguns poucos muçulmanos malignos não deveriam poder dar à fé islâmica uma má reputação.

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Muçulmanos de todo o mundo se sentiram ofendidos por um discurso do Papa no mês passado, durante visita à Alemanha, em que ele citou um imperador bizantino que disse que o profeta Maomé espalhou o Islã no mundo por meio da espada. O discurso do Papa gerou protestos, muitos deles violentes, em todos o mundo e grupos radicais islâmicos declararam guerra ao Papa.

O Dalai Lama, líder exilado de 6 milhões de tibetanos budistas vivendo sob o regime comunista chinês, dissse que o Papa e seu antecessor, João Paulo II, compartilham da vocação de promover a harmonia entre as religiões.

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- Atualmente, eu expresso, com freqüência, que por causa de atos de uns poucos muçulmanos malignos não devemos considerar todos os muçulmanos como algo ruim - disse o Dalai Lama em uma coletiva de imprensa, em uma universidade de Roma, que realiza um seminário com o líder espiritual.

- Umas poucas pessoas malignas, você pode encontrar entre pessoas de todas as religiões - complementou o Dalai Lama.

O Vaticano tratou o discreto encontro entre o Papa e o Dalai Lama como um encontro exclusivamente religioso e privado.

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