O líder espiritual tibetano tinha sua chegada em Nairóbi prevista para esta segunda-feira, para uma série de atividades e uma participação na edição do Fórum Social Mundial, que acontece na capital queniana até quinta-feira. A viagem, pela Kenya Airways, foi cancelada na última hora.
Há oito meses, assessores do Dalai Lama buscavam obter o visto na embaixada do Quênia em Nova Délhi, na Índia.
O esforço foi em vão, apesar de o vice-presidente queniano, Mody Awori, haver prometido que o visto do monge budista no país seria emitido com a simples apresentação de documentação básica para viagens internacionais, como o passaporte e uma declaração financeira.
Numa carta escrita ao oficial de imigração da embaixada do Quênia na capital indiana, Awori recomendou que a entrada do Dalai Lama e de seu séquito fosse garantida.
No entanto, o caso tomou proporções políticas. Em 1999, o Dalai Lama também teve sua visita ao Quênia cancelada.
O líder espiritual é exilado político, por sua posição contrária à anexação do Tibet pela China.
Na ocasião, sua entrada no país africano foi proibida porque afetaria a relação diplomática cordial entre Quênia e China.