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Dalai-lama (direita) abraça Lobsang Sangay, o novo primeiro-ministro | Adnan Abidi/Reuters
Dalai-lama (direita) abraça Lobsang Sangay, o novo primeiro-ministro| Foto: Adnan Abidi/Reuters

Lobsang Sangay, um advogado de 43 anos formado em Har­­vard, prestou juramento on­­tem como novo primeiro-mi­­nis­­tro do governo tibetano e sucessor político do dalai-La­­ma. Sangay fez o juramento em uma cerimônia presidida pelo dalai-lama no templo de Tsug­­lagkhang, o centro espiritual de Dharamsala, a cidade na re­­gião norte da Índia onde fica a sede do governo no exílio.

Sangay, que nunca visitou o Tibete, sucederá o dalai-lama em uma mudança histórica na política tibetana, já que pela pri­­meira vez não estará dominada por líderes religiosos. A figura do novo premiê terá uma im­­portância renovada, mas o Da­­lai Lama, de 76 anos, manterá a posição como líder espiritual.

Desafios

O desafio de Sangay é gigantesco. O líder espiritual tem uma profunda influência sobre os tibetanos, enquanto o novo primeiro-ministro é pouco co­­nhecido fora de algumas alas da comunidade no exílio.

Em público ele manifesta apoio à política do dalai-lama de buscar uma "autonomia sig­­nificativa" para o Tibete sob o controle da China, mas por sua idade e por ter integrado o Con­­gresso da Juventude Tibe­­tana é objeto de especulações de que poderia ocultar uma agenda mais radical.

O dalai-lama luta pelos di­­reitos dos tibetanos desde que partiu para o exílio na Índia, em 1959, quando fracassou uma revolta contra o domínio chinês, exercido desde o início daquela década.

O novo primeiro-ministro foi eleito em abril, quando ele derrotou facilmente dois ou­­tros candidatos.

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