O Dalai Lama, líder espiritual tibetano, espera visitar Taiwan no ano que vem, disse uma autoridade próxima a ele na segunda-feira. A medida pode atrapalhar as recentes tentativas de melhorar as relações entre a ilha e a China, que reclama o controle sobre ela.
Pequim chama o Dalai Lama de "separatista" por defender a auto-determinação de sua terra natal e o acusa de incitar sentimentos pró-independência na região autônoma do Tibete.
A China também costuma condenar os encontros de Dalai Lama com líderes políticos estrangeiros.
A questão de Taiwan é particularmente importante para a China, que quer recuperar o controle sobre a ilha desde 1949, quando os comunistas de Mao Tsé Tung ganharam a guerra civil e os membros do partido nacionalista de Chiang Kai-shek fugiram para Taiwan.
Pequim prometeu recuperar o controle sobre a ilha, se necessário com o uso da força.
O Dalai Lama visitará Taiwan para ver amigos e ensinar religião, disse Khedroob Thondup, membro do parlamento tibetano exilado. Ele já foi a Taiwan em 1997 e 2002.
"Ele tem muitos amigos em Taiwan e eles esperam a sua volta", disse Thondup. "Eu pessoalmente espero que ninguém se oponha, exceto Pequim".
O governo de Taiwan terá de aprovar a visita, o que pode atrapalhar as relações da ilha com a China, que têm melhorado desde que o presidente Ma Ying-jeou chegou ao poder, em maio.
No mês passado, a China não compareceu a uma cúpula na França porque o presidente francês, Nicolas Sarkozy, tinha concordado em se encontrar com o Dalai Lama.
A revolta na capital tibetana, Lhasa, em março, também foi atribuída a Dalai Lama pela China, embora ele negue as acusações.
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