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O exilado líder espiritual do Tibet, o Dalai Lama, questionou neste sábado (24) se a tradição da reencarnação da liderança budista deve ser mantida, afirmando que ele e outros líderes do budismo tibetano discutirão o assunto em 15 anos, segundo um comunicado publicado em seu site.

"Quanto eu tiver cerca de 90 anos consultarei os altos lamas das tradições do Budismo Tibetano, o público do Tibet e outras pessoas relacionadas que seguem o Budismo Tibetano, e reavaliar se a entidade do Dalai Lama deve continuar ou não", escreveu o Dalai Lama no comunicado.

Tradicionalmente, os altos lamas podem levar anos para identificar uma criança considerada reencarnação do Dalai Lama, uma busca normalmente limitada ao Tibet. Agora, o país faz parte da China que, por sua vez, vê o Dalai Lama como um separatista perigoso.

Tibetanos temem que a China use a espinhosa questão da sucessão do Dalai Lama para dividir o movimento, com um novo lama nomeado por exilados e um pela China após a sua morte.

O atual Dalai Lama, atualmente com 75 anos, afirmou anteriormente que não terá uma reencarnação na República Popular da China caso o Tibet não seja libertado. Ele também disse que ninguém, incluindo a China, tem o direito de escolher seu sucessor "por motivos políticos".

O Dalai Lama abandonou suas funções políticas em abril e exilados tibetanos elegeram um acadêmico de Direito de Harvard como líder político, que está propenso a convocar um exílio mais radical para desafiar a China.

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